quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Benefícios pagos pela Previdência ultrapassam FPM em 71,8% dos municípios do Brasil


07/01/2014 18:27
Da Redação (Brasília) – Em 2012, a Previdência Social manteve o papel de importante distribuidor de renda no Brasil. Em 3.996 municípios brasileiros, o pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) ultrapassou os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Isso repesenta 71,8% do total de cidades. Mensalmente, são mais de 31 milhões de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo o país.
De acordo com um levantamento, realizado pela Coordenação-Geral de Estatística, Demografia e Atuária, do Ministério da Previdência Social, a região com maior número de cidades nessa situação é a Sul: 76,7% dos municípios recebem mais recursos do INSS do que do FPM. Em seguida, vem a região Sudeste, com 76%, e a Nordeste, com 72,6%. Já na região Norte, em pouco mais da metade das cidades (51,7%) os repasses do INSS são maiores do que os do FPM. Na região Centro-Oeste, essa proporção é de 60,9%.
Benefícios do RGPS ultrapassam repasses do FPM

Edmundo Pereira de Melo
Seu Edmundo nasceu em Cachoirinha (PE), onde os repasses da Previdência são três vezes maiores que os do FPM
Em uma cidade grande, como São Paulo, os repasses da Previdência ultrapassam os do FPM em R$ 25,7 bilhões. No Rio de Janeiro, a diferença é de R$ 16 bilhões. Em municípios pequenos, os recursos dos benefícios do INSS impactam ainda mais no aquecimento da economia local. Em Itabaianinha (SE), os benefícios do INSS injetaram R$ 43,2 milhões na região, em 2012, enquanto os repasses do FPM foram de R$ 14,1 milhões. Em Itaobim (MG), a Previdência pagou, em 2012, R$ 35,4 milhões contra R$ 9,7 milhões do FPM.
O secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim, diz que os números demonstram que os recursos da Previdência movimentam a economia da maioria dos municípios brasileiros. Segundo ele, o dinheiro dos benefícios é utilizado para consumo e muito pouco vai para poupança. “Na maioria dos casos, são famílias de baixa renda que têm necessidades básicas de consumo”, explica. Rolim ressalta que o pagamento dos benefícios é essencial para manter a segurança social de milhões de famílias e redistribuir a renda no país. “Os recursos da Previdência Social retiram, todos os anos, milhões de brasileiros da situação de pobreza. E isso é muito relevante. Quanto menor e mais pobre for o município, mais importante é o repasse do INSS. Esses benefícios geram renda e, consequentemente, consumo, além de ajudarem na geração de impostos e de empregos”, completa.
Informações para a Imprensa
Renata Brumano
(61) 2021-5102
Ascom/MPS

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