Não é novidade a grande mudança que está acontecendo na cafeicultura brasileira nos últimos 15 anos, com o maciço investimento na produção de cafés especiais. O Brasil a cada dia conquista mais espaço no cenário mundial dos cafés de alta qualidade e sustentáveis.
Para se conseguir os cafés gourmet, é necessário além de um Terroir propício, como altitude, clima e solos favoráveis e boas práticas de pós-colheita, uma boa variedade de café.
Nesse sentido, a variedade Bourbon tem sido uma grande aliada dos produtores, especialmente para conquista de prêmios e elaboração de produtos e blends especiais. Não por mera coincidência, que os cinco primeiros colocados na última edição do concurso Cup of Execellence usaram a variedade Bourbon em seus vencedores lotes.
A variedade de café Bourbon é uma das mais antigas semeadas em solos brasileiros. Foi encontrada pela primeira vez em meados 1708 na ilha de Bourbon no Oceano índico, (hoje chamada Ilha de Réunion).
No Instituto Agronômico de Campinas, vários artigos descrevem a importância do Bourbon Vermelho e Amarelo para o desenvolvimento da cafeicultura no Estado de São Paulo, especialmente entre Campinas e Região de Ribeirão Preto, local onde as primeiras plantações comerciais foram realizadas.
Um artigo publicado no jornal “Diário da Manhã” de Ribeirão Preto em 18/06/1937, Plínio Travassos dos Santos, cita que as primeiras mudas foram semeadas em Resende, Estado do Rio de Janeiro sendo plantadas numa horta na Fazenda Monte Alegre e posteriormente, as mais sadias, distribuídas para outras regiões, especialmente nos locais de terra roxa do Estado de São Paulo.
Suscetível à ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix) e considerado de baixa produtividade, nas décadas de 1950 a 2000 aos poucos o Bourbon foi substituído por outras variedades mais “modernas”, bem como preterido por outras variedades em novos cultivos, sendo as suas maiores lavouras (antigas) concentradas em sub regiões do Sul de Minas e adjacências paulistas como o Vale da Grama, Carmo de Minas e Mantiqueira.
Em virtude da recente valorização dos cafés gourmet e especiais, novamente se vê novas lavouras de Bourbon, mesmo que pequenas, sendo plantadas nas mais diversas regiões cafeeiras, como Cerrado, Sul de Minas e Mogiana.
Do lado da indústria, já existem várias marcas de café que destacam a variedade em seus rótulos, com destaque à Cambraia, Baggio e Astro, bem como dezenas de outras ao redor do mundo, sejam os grãos provenientes do Brasil ou mesmo de outras regiões famosas que possuem Bourbon como Colômbia, El Salvador e alguns países africanos.
Globalmente, a Nespresso divulga a variedade cultivada no Brasil desde 2006 com o lançamento de uma Edição Limitada e em 2009 com um produto permanente de origem pura, o Dulsão do Brasil, uma capsula de origem pura com 100% de seu conteúdo de Bourbon.
Para se conseguir os cafés gourmet, é necessário além de um Terroir propício, como altitude, clima e solos favoráveis e boas práticas de pós-colheita, uma boa variedade de café.
Nesse sentido, a variedade Bourbon tem sido uma grande aliada dos produtores, especialmente para conquista de prêmios e elaboração de produtos e blends especiais. Não por mera coincidência, que os cinco primeiros colocados na última edição do concurso Cup of Execellence usaram a variedade Bourbon em seus vencedores lotes.
A variedade de café Bourbon é uma das mais antigas semeadas em solos brasileiros. Foi encontrada pela primeira vez em meados 1708 na ilha de Bourbon no Oceano índico, (hoje chamada Ilha de Réunion).
No Instituto Agronômico de Campinas, vários artigos descrevem a importância do Bourbon Vermelho e Amarelo para o desenvolvimento da cafeicultura no Estado de São Paulo, especialmente entre Campinas e Região de Ribeirão Preto, local onde as primeiras plantações comerciais foram realizadas.
Um artigo publicado no jornal “Diário da Manhã” de Ribeirão Preto em 18/06/1937, Plínio Travassos dos Santos, cita que as primeiras mudas foram semeadas em Resende, Estado do Rio de Janeiro sendo plantadas numa horta na Fazenda Monte Alegre e posteriormente, as mais sadias, distribuídas para outras regiões, especialmente nos locais de terra roxa do Estado de São Paulo.
Suscetível à ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix) e considerado de baixa produtividade, nas décadas de 1950 a 2000 aos poucos o Bourbon foi substituído por outras variedades mais “modernas”, bem como preterido por outras variedades em novos cultivos, sendo as suas maiores lavouras (antigas) concentradas em sub regiões do Sul de Minas e adjacências paulistas como o Vale da Grama, Carmo de Minas e Mantiqueira.
Em virtude da recente valorização dos cafés gourmet e especiais, novamente se vê novas lavouras de Bourbon, mesmo que pequenas, sendo plantadas nas mais diversas regiões cafeeiras, como Cerrado, Sul de Minas e Mogiana.
Foto: Café Bourbon Amarelo, Fazenda Serrado, Carmo de Minas (MG)
Do lado da indústria, já existem várias marcas de café que destacam a variedade em seus rótulos, com destaque à Cambraia, Baggio e Astro, bem como dezenas de outras ao redor do mundo, sejam os grãos provenientes do Brasil ou mesmo de outras regiões famosas que possuem Bourbon como Colômbia, El Salvador e alguns países africanos.
Globalmente, a Nespresso divulga a variedade cultivada no Brasil desde 2006 com o lançamento de uma Edição Limitada e em 2009 com um produto permanente de origem pura, o Dulsão do Brasil, uma capsula de origem pura com 100% de seu conteúdo de Bourbon.
Foto: Bourbon Amarelo/ Fazenda Recreio, São Sebastião da Grama (SP)
Toda esta valorização se traduz em um ressurgimento da variedade Bourbon, especialmente nas regiões do Sul de Minas e Mogiana, sendo que não é raro encontrar por ai, cafeicultores semeando novas roças. As tecnologias mais atuais de manejo, também estão ajudando a garantir maior produtividade e controle de pragas e doenças com maior efetividade, possibilitando que os apreciadores de café possam aproveitar as características únicas do legitimo café Bourbon.
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