Exportações somaram US$ 1,22 bilhão em julho. Emirados Árabes Unidos e Egito foram os principais mercados, com crescimento significativo.
São Paulo – As exportações brasileiras para o mundo árabe somaram US$ 1,22 bilhão em julho, um aumento de 15,6% sobre o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Foi o segundo mês consecutivo de crescimento nas vendas para a região depois de cinco meses de queda.
Entre os principais mercados, destaque para o avanço dos embarques para os Emirados Árabes Unidos, que somaram US$ 278 milhões, acréscimo de 25,5%; e Egito, com US$ 238 milhões, 84% a mais do que em julho de 2013.
No caso dos Emirados, o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, observou que o país continua a crescer, com “obras e mais obras”, e tem necessidade de atender a demanda da população local e dos expatriados, que são maioria, além dos turistas.
“Já o Egito tem um novo governo e quer pelo menos dar tranquilidade à população no abastecimento de alimentos”, destacou ele, acrescentando que o estado é o “maior comprador” do país.
Alaby estranhou, porém, o desempenho mais fraco das exportações para a Arábia Saudita. O país importou do Brasil o equivalente a US$ 209,6 milhões, um crescimento de apenas 4,2% sobre julho do ano passado. “A Arábia Saudita recebe o Hajj, são mais de dois milhões de peregrinos, e eles (sauditas) estocam alimentos violentamente [para atender esta demanda]”, declarou.
O Hajj é a grande peregrinação anual à Meca, cidade sagrada do islamismo, e este ano ocorre no início de outubro. “Acho que este mês (agosto) ainda haverá aumento [das exportações]”, afirmou Alaby, referindo-se à necessidade de suprir a demanda representada pelos visitantes.
A situação do mercado de carnes, porém, é uma incógnita, na opinião do executivo. Os árabes estão entre os principais compradores de frango e carne bovina do Brasil, mas a recente abertura da China para a carne bovina brasileira e o embargo anunciado pela Rússia sobre as importações destes produtos dos Estados Unidos, União Europeia, Austrália, Canadá e Noruega, deverão aumentar a procura pela produção brasileira, além de pressionar os preços.
Só para dar uma ideia, antes de anunciar o embargo, os russos ampliaram de 30 para 90 o número de frigoríficos brasileiros habilitados a exportar ao seu mercado. A interdição veio em reposta às sanções contra a Rússia capitaneadas pelos EUA e UE em face do apoio de Moscou aos separatistas russos que entraram em conflito com o governo da vizinha Ucrânia.
Em julho, porém, não foram as carnes que puxaram as exportações brasileiras ao mundo árabe, mas sim o açúcar, o minério de ferro e a soja.
Entre os destinos na região, vale destacar também aumento expressivo nas vendas para a Líbia, Bahrein, Líbano, Tunísia e Catar no mês passado.
O avanço observado em julho, no entanto, ainda não foi suficiente para reverter a queda nas exportações ao mundo árabe no acumulado do ano. Nos primeiros sete meses de 2014, as vendas para lá renderam US$ 7,3 bilhões, uma queda de pouco mais de 4% em comparação com o mesmo período de 2013.
Importações
Na outra mão, as importações brasileiras de produtos árabes somaram US$ 887,3 milhões em julho, uma redução de 44% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, as compras totalizaram US$ 6,44 bilhões, um recuo de 11,5% em comparação com os sete primeiros meses de 2013.
A baixa foi causada pela queda nas importações de petróleo e derivados.
Entre os principais mercados, destaque para o avanço dos embarques para os Emirados Árabes Unidos, que somaram US$ 278 milhões, acréscimo de 25,5%; e Egito, com US$ 238 milhões, 84% a mais do que em julho de 2013.
No caso dos Emirados, o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, observou que o país continua a crescer, com “obras e mais obras”, e tem necessidade de atender a demanda da população local e dos expatriados, que são maioria, além dos turistas.
“Já o Egito tem um novo governo e quer pelo menos dar tranquilidade à população no abastecimento de alimentos”, destacou ele, acrescentando que o estado é o “maior comprador” do país.
Alaby estranhou, porém, o desempenho mais fraco das exportações para a Arábia Saudita. O país importou do Brasil o equivalente a US$ 209,6 milhões, um crescimento de apenas 4,2% sobre julho do ano passado. “A Arábia Saudita recebe o Hajj, são mais de dois milhões de peregrinos, e eles (sauditas) estocam alimentos violentamente [para atender esta demanda]”, declarou.
O Hajj é a grande peregrinação anual à Meca, cidade sagrada do islamismo, e este ano ocorre no início de outubro. “Acho que este mês (agosto) ainda haverá aumento [das exportações]”, afirmou Alaby, referindo-se à necessidade de suprir a demanda representada pelos visitantes.
A situação do mercado de carnes, porém, é uma incógnita, na opinião do executivo. Os árabes estão entre os principais compradores de frango e carne bovina do Brasil, mas a recente abertura da China para a carne bovina brasileira e o embargo anunciado pela Rússia sobre as importações destes produtos dos Estados Unidos, União Europeia, Austrália, Canadá e Noruega, deverão aumentar a procura pela produção brasileira, além de pressionar os preços.
Só para dar uma ideia, antes de anunciar o embargo, os russos ampliaram de 30 para 90 o número de frigoríficos brasileiros habilitados a exportar ao seu mercado. A interdição veio em reposta às sanções contra a Rússia capitaneadas pelos EUA e UE em face do apoio de Moscou aos separatistas russos que entraram em conflito com o governo da vizinha Ucrânia.
Em julho, porém, não foram as carnes que puxaram as exportações brasileiras ao mundo árabe, mas sim o açúcar, o minério de ferro e a soja.
Entre os destinos na região, vale destacar também aumento expressivo nas vendas para a Líbia, Bahrein, Líbano, Tunísia e Catar no mês passado.
O avanço observado em julho, no entanto, ainda não foi suficiente para reverter a queda nas exportações ao mundo árabe no acumulado do ano. Nos primeiros sete meses de 2014, as vendas para lá renderam US$ 7,3 bilhões, uma queda de pouco mais de 4% em comparação com o mesmo período de 2013.
Importações
Na outra mão, as importações brasileiras de produtos árabes somaram US$ 887,3 milhões em julho, uma redução de 44% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, as compras totalizaram US$ 6,44 bilhões, um recuo de 11,5% em comparação com os sete primeiros meses de 2013.
A baixa foi causada pela queda nas importações de petróleo e derivados.
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