segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Dilma: prender corruptos e corruptores não traz instabilidade política


“Não vou deixar pedra sobre pedra”

Após conceder a sua primeira entrevista após a reeleição ao Jornal da Record, a Presidenta Dilma Rousseff falou ao Jornal Nacional, da Globo, na noite desta segunda-feira (27). Como no discurso feito depois de confirmada a vitória nas eleições, a petista refirmou o compromisso em dialogar com setores da sociedade, rechaçou a divisão no país e declarou que “condenação de corruptos e corruptores não traz instabilidade política”.
Acompanhe as frases:


A democracia é um dos mais importantes fatores para o país mudar de forma pacífica e ordeira

Em uma democracia madura, união significa abertura e disposição para dialogar para garantir uma mudança. Temos que ser capazes de garantir mudanças

Essa é a base comum entre nós. A grande palavra é diálogo

A palavra, neste momento, é diálogo. Diálogo com todos os segmentos

Nós temos um compromisso, que é assegurar que tenhamos um país mais moderno, inclusivo e produtivo 

Oportunidade para todos e combate sem tréguas à corrupção.


Plebiscito e reforma política:


Eu recebi durante a eleição um conjunto de segmentos. Eu recebi uma lista da juventude pela consulta popular para reforma política

Oposição fala em fim de reeleição

Acho que o Congresso percebeu que isso é uma onda que avança
Corrupção:

Não acredito em instabilidade política por ser prender e condenar corruptos

Doa a quem doer que se faça justiça

Não vou deixar pedra sobre pedra.

Faço questão que a sociedade brasileira saiba de tudo.
O que gera instabilidade é a impunidade. 

Eu farei o possível para colocar às claras o que aconteceu na Petrobras e em qualquer outro caso que apareça
Eu quero saber tudo e não me basear em delações parciais

Economia:

Eu n vou esperar a conclusão do primeiro mandato pra começar as ações no sentido de melhorar o crescimento da nossa economia

Eu vou abrir o diálogo com todos os segmentos para discutir os caminhos do Brasil

Eu pretendo colocar de forma muito clara quais são as medidas que eu tomarei. Mas não é hoje. Será antes do final do ano 

Se tem uma coisa que eu procurei fazer foi a reforma tributária. Mas acredito que agora temos que fazer essa discussão a fundo 

Nós desoneramos a folha de pagamento. Fizemos a discussão sobre PIS/Cofins

Nós fizemos uma grande reforma tributária com o Super Simples

Eu tenho a convicção de que o Brasil precisa de uma reforma tributária. É impossível continuar com a guerra fiscal

Segundo mandato:

Acredito que depois de uma eleição, temos que respeitar todos os brasileiros 

Para isso, vamos abrir o diálogo para que possamos, juntos, fazer com que o Brasil tenha um caminho de crescimento 

Esse é o Brasil da solidariedade, que dá importância às oportunidades. Um Brasil focado na educação

Vamos juntos construir esse Brasil do futuro

Antes, ao Jornal da Record, Dilma  afirmou que no seu segundo mandato buscará o “diálogo”. Segundo a petista, “é a hora de união para garantir o futuro do país”
A democracia une pessoas apesar de suas posições. Agora é a hora de nos unirmos para garantir o futuro do Brasil. O recado das urnas é esse. Eu tenho a certeza que é esse sentimento comum, mesmo com as posições diferentes,  Possibilidade de abrir diálogos para garantir uma ponte para que nosso país cresça, combata a inflação, mantenha nível baixo de desemprego. A partir de agora, o clima é de construção de pontes e não de buscar as diferenças nas pessoas”, declarou Dilma.
Acompanhe outras declarações:


Eleição é sempre recado de mudança. As pessoas, mesmo com posições diferentes, defendem mudanças.



Economia:


Para que o nosso País cresça, combata a inflação, e abra um diálogo amplo com todas as forças produtivas, sociais e o setor financeiro. 

As bolsas americanas caíram, as bolsas europeias caíram. Aqui no Brasil caíram mais 

Temos que esperar o mercado acalmar, ele vai acalmar. 

A situação hoje é completamente diferente de quando Lula foi eleito em 2002, quando tínhamos mais de 11 milhões de desempregados. 

Hoje, temos situação de elevado emprego e os salários têm ganhos reais. 

Àquela época, qualquer flutuação do dólar colocaria em risco a possibilidade de pagar dívidas. Hoje somos credores. 

Eu não vou falar para o brasileiro diminuir o seu consumo. Ele está empregado e ganhando seu salário 

O Brasil vai estar melhor do que está hoje. 

Dilma diz que só discutirá nomes de ministros no tempo e hora exatos 
Situação conjuntural é totalmente outra. Temos 376 bilhões de dólares de reserva. Naquela época nossa situação de fragilidade era muito grande. Tínhamos 37 bilhões de dólares de reserva. Qualquer flutuação do dólar não tínhamos como honrar nossos compromissos. Hoje temos 77 bilhões de dólares acima do necessário

Caso Petrobras

Tenho uma indignação por tudo que fizeram nesta semana (a da eleição)
Não vou deixar essa acusação ficar esquecida. Vou me empenhar para que isso seja revelado e fique claro os envolvidos, doa a quem doer.
Eu não acredito em 3º turno, porque em uma eleição em país democrático, ganha quem conquista a maioria. E eu conquistei a maioria.

São Paulo:.

Dilma diz que a jornalista podia perguntar pq ela obteve 11 milhões a mais de votos no Nordeste 

Eu não atribuo a minha eleição só ao fato de que pessoas melhoraram de vida, isso explica uma parte

Em SP, estamos enfrentando a maior crise de água no país. Até as vésperas, ngm tocava nesse assunto

Eefletores não foram colacados na crise (de água do estado)

Não houve informação correta para a população de São Paulo
Se a crise em SP fosse culpa da situação, nós seríamos criticados noite e dia

Segundo mandato:


A gente tem que acreditar na democracia e no Brasil. Temos de entender que toda democracia manda um recado de mudança na eleição

Com a reeleição, o eleitor manda o recado de que muito foi feito, mas ainda há muito o que fazer

Eu vou buscar fazer as mudanças e reformas que o Brasil exige 

O Brasil vai ser mais moderno, mais inclusivo, mais produtivo 

Vai ser um país que cuida de todos, em especial das mulheres, negros e jovens 

Para criarmos esse Brasil, é preciso que todos deem as mãos e atuem de forma conjunta, formando a ponte 
Palavra que resume segundo mandato: diálogo
Alisson Matos, editor do Conversa Afiada

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