Economista também defende a articulação do sistema com políticas industriais, de trabalho, transporte e educação
por Redação da RBA publicado 15/10/2014 14:37
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São Paulo – Para o economista, professor e comentarista da RBA, Marcio Pochmann, transformações demográficas, como o envelhecimento e aumento da expectativa de vida população, impõem novos desafios à prestação de serviços públicos de saúde aos brasileiros.
Como resposta, o comentarista aponta a necessidade de aprofundamento da integração entre as três esferas de governo – União, estados e municípios – no âmbito do Sistema Único de Saúde, bem como a articulação com políticas industriais, de trabalho, transporte e educação.
“O papel das compras públicas define a possibilidade de termos um grande complexo de fármacos que lideraria a geração de tecnologia, a expansão do emprego. A saúde já não é mais um sistema de oferta de serviços, mas também é, cada vez mais, um importante segmento de geração de tecnologia, emprego e soberania nacional”, destaca Pochmann, sobre a necessidade de se articular política industrial e saúde.
Ele ressalta a importância do programa Mais Médicos, que colocou o profissional próximo daqueles que mais precisam de atendimento de saúde. E, ao destacar a humanização como um dos enfoques do programa, afirma que a presença do profissional cada vez mais próximos dos brasileiros, significa um serviço mais adequado e mais eficiente para os que precisam.
O economista ressalva, ainda, que o SUS apresenta distorções que merecem ser corrigidas: “Temos uma situação em que os recursos públicos não financiam apenas a saúde pública, também terminam financiando a saúde privada. De acordo com os dados da Receita, cerca de R$ 48 bilhões deixaram de ser arrecadados, no ano de 2012, em decorrência do abatimento que os declarantes puderam fazer tendo em vista os seus gastos com saúde privada”.
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