Taxa de desemprego cai em São Paulo, apontam Seade e Dieese

Índice de setembro é o menor do ano, mas ficou acima do apurado em igual mês de 2013. Emprego com carteira cresce e rendimento estaciona

por Redação RBA publicado 29/10/2014 12:40

Comments

ERBS JR./FRAME/FOLHAPRESS

Na comparação anual, apenas serviços abriram vagas: 193 mil, variação de 3,5%

São Paulo – A taxa média de desemprego na região metropolitana caiu para 10,6% em setembro, ante 11,3% no mês anterior, segundo a pesquisa feita pela Fundação Seade e pelo Dieese. É o menor índice do ano, juntamente com fevereiro, mas ficou acima do apurado em setembro do ano passado (10%). Desta vez, além da pequena movimentação da população economicamente ativa (PEA), termômetro da entrada ou saída de pessoas do mercado de trabalho, também houve criação de empregos.

No mês, a PEA quase não saiu do lugar, com 7 mil pessoas a mais, variação de 0,1%. Foram abertas 83 mil vagas (0,8%). O número de desempregados, reduzido em 76 mil, foi estimado em 1,169 milhão, queda de 6,1%.

Quando a comparação é feita com setembro de 2013, os resultados são diferentes. A PEA cresce 1,1%, o correspondente a 125 mil a mais no mercado, que, por sua vez, criou apenas 46 mil ocupações (0,5%). Como o número de pessoas entrando no mercado foi maior que o de vagas, o total de desempregados em 12 meses cresceu 7,2% (79 mil).

O emprego formal segue crescendo, ainda que com menor dinamismo. Foram 45 mil vagas com carteira assinada a mais no mês (0,8%) e 142 mil em 12 meses (2,7%). O emprego sem carteira variou 0,8% (7 mil) e -4% (-36 mil), respectivamente. Dos estimados 9,856 milhões de ocupados na maior região metropolitana do país, 5,381 milhões (54,6%) são assalariados com carteira no setor privado.

Entre os setores de atividade, a indústria de transformação (24 mil) e os serviços (77 mil) criaram postos de trabalho em setembro. Na comparação anual, apenas os serviços abriram vagas: 193 mil, variação de 3,5%. A indústria fechou 12 mil (-0,7%), a construção civil ficou estável (0,4%, 3 mil) e o comércio/reparação de veículos eliminou 168 mil empregos (-9,1%).

O rendimento médio dos ocupados (estimado R$ 1.867 em agosto) variou -0,2% no mês e -0,3% em 12 meses.