Elas
são naturais, saudáveis, fáceis de encontrar e ainda ajudam a prevenir uma
série de doenças. Usadas há muito tempo na medicina popular de diversos povos,
as plantas medicinais, hoje em dia, fazem sucesso nos centros urbanos.
Resfriados, problemas de digestão, doenças dermatológicas, tonturas e dores no
corpo são exemplos de problemas que podem ser solucionados de forma natural,
sem recorrer a medicamentos convencionais (alopáticos) e que podem causar
efeitos colaterais mais severos.
Erva-mate,
manjericão, alcachofra, alfazema, camomila, carqueja, pata de vaca, manjerona,
menta, alecrim, calêndula, capim limão, cavalinha, espinheira santa, melissa,
poejo e funcho são algumas das plantas utilizadas para manter e recuperar a
saúde e o equilíbrio do organismo. Todas fazem parte da tradição do município
de Turvo, no interior do Paraná, transformada em fonte de renda e melhoria de
vida para os agricultores familiares da região por meio da Cooperativa de
Produtos Agroecológicos, Artesanais e Florestais (Coopaflora). Há seis anos, a
cooperativa oferece produtos orgânicos desidratados compostos por plantas
medicinais com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
“Nossos
produtos são comercializados in natura ou em forma de chás e temperos. Todos os
produtos levam a garantia de serem saudáveis, sustentáveis e comercializados
por um preço justo”, afirma o agente de mercado do empreendimento, Henrique
Eurich. Bom para quem produz e para quem consome, que pode encontrar os
produtos da Coopaflora em redes de supermercados como o Grupo Pão de Açúcar,
que mantém relação comercial com a cooperativa desde dezembro de 2011. Por meio
de um termo de cooperação assinado junto ao MDA e ao Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), 62 lojas do grupo em São Paulo,
capital e interior, além de lojas no Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba,
passam a contar com os produtos da agricultura familiar.
Dentre
eles, o chá de menta, ou hortelã, é um dos itens mais populares nas gôndolas
dos supermercados. Entre as propriedades da folha, são inúmeros os benefícios
ao sistema respiratório, digestivo e até no cuidado com a pele, além do sabor e
do aroma refrescantes, característicos da planta. Para Eurich, a
comercialização nas redes de supermercado só tende a melhorar a qualidade de
vida dos 127 cooperados do empreendimento. “Ao todo, mais de 170 famílias
agricultoras envolvidas no processo são beneficiadas. Para nós, isso significa
agregar valor ao produto final e pagar mais ao produtor, além de divulgar a nossa
marca”, conta. A expectativa da Coopaflora para 2012 é aumentar ainda mais as
vendas. “Ainda não fechamos o balanço, mas no começo do ano, a projeção foi de
um crescimento total de 30%”, comemora Eurich.
Tradição
Situado a 278 km da capital Curitiba, o município de Turvo tem uma das maiores reservas nativas de floresta com araucária do sul do Brasil, onde predomina a existência do Pinheiro do Paraná “A ervas fazem parte da tradição regional. Aqui, esse saber é passado entre as gerações das famílias”, revela Henrique Eurich. Além do município sede da Coopaflora, a cooperativa comercializa ervas medicinais produzidas em outros seis municípios paranaenses que, como Turvo, fazem parte do Território da Cidadania Paraná Centro (Boa Ventura de São Roque, Guarapuava, Pitanga, Iretama, Santa Maria do Oeste e Campina do Simão). Os agricultores familiares possuem uma área de produção de aproximadamente 765 hectares, sendo que, destes, 380 são sistemas agroflorestais.
Situado a 278 km da capital Curitiba, o município de Turvo tem uma das maiores reservas nativas de floresta com araucária do sul do Brasil, onde predomina a existência do Pinheiro do Paraná “A ervas fazem parte da tradição regional. Aqui, esse saber é passado entre as gerações das famílias”, revela Henrique Eurich. Além do município sede da Coopaflora, a cooperativa comercializa ervas medicinais produzidas em outros seis municípios paranaenses que, como Turvo, fazem parte do Território da Cidadania Paraná Centro (Boa Ventura de São Roque, Guarapuava, Pitanga, Iretama, Santa Maria do Oeste e Campina do Simão). Os agricultores familiares possuem uma área de produção de aproximadamente 765 hectares, sendo que, destes, 380 são sistemas agroflorestais.
“Trabalhamos
com plantas medicinais desde 1997. Embora a cooperativa mesmo só tenha sido
fundada em 2006, para regulamentar o processo”, diz Eurich. Hoje, todos os
produtos têm certificação orgânica, com selo da agricultura familiar, o que
ajuda a agregar valor nesse nicho de mercado que agora conta com ações
concretas entre o governo federal e a iniciativa privada. Segundo o agente de
mercado, a cooperativa tem capacidade para produzir 79 toneladas de ervas
medicinais por ano, na forma natural, além de mais 16 toneladas de produtos
beneficiados em forma de chás e temperos.
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