O Interleite Brasil 212, foi realizado em Uberlândia/MG entre os dias 11 e 13 de setembro trazendo palestras de mercado, técnicas e painéis de produtores. Os casos de sucesso de produtores trouxeram informações práticas e reais de empresários rurais que com muito profissionalismo e visão buscam excelência em suas atividades. Um exemplo foi a palestra de Nivaldo Michetti, que ao final do evento conseguiu superar todas as expectativas e emocionou o público com sua experiência de vida.
Nivaldo Michetti é técnico agrícola e tornou-se produtor de leite aos 34 anos de idade. Iniciou a atividade no sítio São Paulo em Santana do Itararé/PR caracterizado por possuir muita erosão e infestação de tiririca. Naquela época ordenhava manualmente suas vacas mestiças para obter 33 litros/dia, fazia corte manual do capim, não tinha descanso, nem férias e sentia que estava vivendo uma verdadeira escravidão.
Após anos de muitos desafios e pouca tecnologia, resolveu ouvir as recomendações do técnico e amigo Fernando Netto e implementou as melhores práticas de manejo e gestão em seu negócio. "Comecei a utilizar o pastejo rotacionado nas águas - vaca colhe muito melhor que a gente - e suplementação de cana com ureia na seca, tornando a atividade muito lucrativa", disse Michetti. "Sei que a silagem de milho é o ideal, mas nem sempre é acessível para todos." O produtor chamou tais práticas de 'abolicionistas', pois o libertou de um trabalho 'escravizante' e sem resultados.
O produtor fala com muito orgulho de sua evolução e o quanto é importante respeitar as necessidades do animal. "Quando você sentir vontade de comer o alimento que irá dar pra sua vaca, estará se tornando um 'profissional'!", complementa.
Começou então a investir no gado que o chamou de 'Hitec', um apelido inteligente para aquele animal que colhe o pasto e cana e os transformam em leite. "Esse é aquele animal que dá 43 bocados e um passo!"
Pensando sempre em reduzir custo de produção, o produtor conseguiu uma solução prática para diminuir o custo com fertilizantes: o cocho trenó. A grande ideia foi a utilização de um cocho móvel que pode ser deslocado de lugar, e assim aproveitar os dejetos dos animais para fertilizar o solo.
Nivaldo vê como ponto fundamental para o negócio estar presente na propriedade: "É quando viramos as costas, que o leite ferve!" ressaltou em uma metáfora. Outros elementos importantes para a atividade leiteira são elencados por ele, como: ter água de qualidade, sombra, bom humor, fé e gostar do que faz. O segredo de seu sucesso é produzir com alta qualidade, ter volume para diluir custo, trabalhar para manter um baixo custo de produção, proporcionar bem-estar aos animais e ter bom relacionamento com o laticínio.
Com seu jeito simples e profissional, em pouco tempo tornou-se referência e influenciador. Hoje ele possui dois retiros, um iniciando no Mato Grosso, com 33 animais em lactação e 600 litros/dia e outro no Paraná, com 65 animais produzindo 1700 litros/dia e ainda encontra tempo para rodar o Brasil com suas palestras motivadoras. "Miséria não é nada comparada à falta de perspectiva", enfatiza no intuito de passar um pouco de esperança para as pessoas que frequentam suas palestras. "A partir de momento que você acredita que pode, você já mudou de vida".
Coerente com seu discurso, ele afirma que em 22 anos de atividade nunca entrou outro dinheiro em sua casa sem ser advindo do leite. "Considero o leite um ótimo negócio!"
Michetti disse que ser produtor de leite lhe proporciona vantagens como ser 100% honesto, ter uma renda mensal, conseguir fazer uma previsão de crescimento e ter liquidez. E em um tom de orgulho, disse nunca ter tido tempo para pensar em sair da atividade. "A especialização e profissionalização conduz ao êxito", disse.
No encerramento, o moderador Luis Fernando Laranja Da Fonseca, da Fazenda Santa Andréa, resolveu quebrar o protocolo a deixar o microfone aberto para comentários, mas antes deu seu depoimento pessoal: "O Nivaldo conseguiu tocar cada um de uma forma trazendo o tema liberdade, ganhei minha hora". E assim, uma participante completou: "Eu não ganhei apenas uma hora, eu ganhei a mudança da minha vida hoje".
Assista ao vídeo:
Nivaldo Michetti é técnico agrícola e tornou-se produtor de leite aos 34 anos de idade. Iniciou a atividade no sítio São Paulo em Santana do Itararé/PR caracterizado por possuir muita erosão e infestação de tiririca. Naquela época ordenhava manualmente suas vacas mestiças para obter 33 litros/dia, fazia corte manual do capim, não tinha descanso, nem férias e sentia que estava vivendo uma verdadeira escravidão.
Após anos de muitos desafios e pouca tecnologia, resolveu ouvir as recomendações do técnico e amigo Fernando Netto e implementou as melhores práticas de manejo e gestão em seu negócio. "Comecei a utilizar o pastejo rotacionado nas águas - vaca colhe muito melhor que a gente - e suplementação de cana com ureia na seca, tornando a atividade muito lucrativa", disse Michetti. "Sei que a silagem de milho é o ideal, mas nem sempre é acessível para todos." O produtor chamou tais práticas de 'abolicionistas', pois o libertou de um trabalho 'escravizante' e sem resultados.
O produtor fala com muito orgulho de sua evolução e o quanto é importante respeitar as necessidades do animal. "Quando você sentir vontade de comer o alimento que irá dar pra sua vaca, estará se tornando um 'profissional'!", complementa.
Começou então a investir no gado que o chamou de 'Hitec', um apelido inteligente para aquele animal que colhe o pasto e cana e os transformam em leite. "Esse é aquele animal que dá 43 bocados e um passo!"
Pensando sempre em reduzir custo de produção, o produtor conseguiu uma solução prática para diminuir o custo com fertilizantes: o cocho trenó. A grande ideia foi a utilização de um cocho móvel que pode ser deslocado de lugar, e assim aproveitar os dejetos dos animais para fertilizar o solo.
Nivaldo vê como ponto fundamental para o negócio estar presente na propriedade: "É quando viramos as costas, que o leite ferve!" ressaltou em uma metáfora. Outros elementos importantes para a atividade leiteira são elencados por ele, como: ter água de qualidade, sombra, bom humor, fé e gostar do que faz. O segredo de seu sucesso é produzir com alta qualidade, ter volume para diluir custo, trabalhar para manter um baixo custo de produção, proporcionar bem-estar aos animais e ter bom relacionamento com o laticínio.
Com seu jeito simples e profissional, em pouco tempo tornou-se referência e influenciador. Hoje ele possui dois retiros, um iniciando no Mato Grosso, com 33 animais em lactação e 600 litros/dia e outro no Paraná, com 65 animais produzindo 1700 litros/dia e ainda encontra tempo para rodar o Brasil com suas palestras motivadoras. "Miséria não é nada comparada à falta de perspectiva", enfatiza no intuito de passar um pouco de esperança para as pessoas que frequentam suas palestras. "A partir de momento que você acredita que pode, você já mudou de vida".
Coerente com seu discurso, ele afirma que em 22 anos de atividade nunca entrou outro dinheiro em sua casa sem ser advindo do leite. "Considero o leite um ótimo negócio!"
Michetti disse que ser produtor de leite lhe proporciona vantagens como ser 100% honesto, ter uma renda mensal, conseguir fazer uma previsão de crescimento e ter liquidez. E em um tom de orgulho, disse nunca ter tido tempo para pensar em sair da atividade. "A especialização e profissionalização conduz ao êxito", disse.
No encerramento, o moderador Luis Fernando Laranja Da Fonseca, da Fazenda Santa Andréa, resolveu quebrar o protocolo a deixar o microfone aberto para comentários, mas antes deu seu depoimento pessoal: "O Nivaldo conseguiu tocar cada um de uma forma trazendo o tema liberdade, ganhei minha hora". E assim, uma participante completou: "Eu não ganhei apenas uma hora, eu ganhei a mudança da minha vida hoje".
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