O Nordeste do Brasil é a região onde se concentra a maior área de cultivo de palma forrageira do mundo, com mais de 500.000 ha cultivados. A adaptação da palma ao clima semiárido do Nordeste se deve, principalmente, às suas características morfofisiológicas. A palma é uma cactácea que apresenta metabolismo fotossintético MAC (metabolismo ácido das crassuláceas), o qual garante maior eficiência no uso da água, quando comparado às gramíneas e leguminosas. Seu cultivo, contudo, requer áreas com temperaturas noturnas entre 15 e 20 ºC, pois temperaturas mais elevadas limitam seu crescimento, haja visto que, devido ao metabolismo MAC, a palma abre seus estômatos durante a noite.
Na região Nordeste do Brasil são cultivadas, basicamente, quatro cultivares de palma forrageira: gigante, redonda, clone IPA-20 e miúda. As três primeiras cultivares pertencem à espécie Opuntia fícus-indica Mill, enquanto a espécie da cv. miúda é a Nopalea cochenillifera Salm Dyck.
Até a década de 60, a palma forrageira era utilizada como alimento estratégico, ou seja, apenas nos períodos de estiagem, fato que ainda acontece no Sertão do Nordeste. Contudo, atualmente, nas bacias leiteiras de vários estados do Nordeste, sobretudo Alagoas e Pernambuco, a palma forrageira é a base da alimentação dos rebanhos leiteiros.
Apesar da maior eficiência no uso de água, plantas de metabolismo MAC apresentam menores taxas de crescimento, quando comparadas às gramíneas e leguminosas. Entretanto, visando aumentar a produtividade da palma forrageira, o melhoramento genético (lançamento de cultivares mais produtivos), associado à otimização no manejo da cultura (frequência e intensidade de colheita) e tratos culturais (adubação, espaçamento, limpeza) vem promovendo um incremento considerável na produtividade dessa forrageira no Nordeste do Brasil. Em meados da década de 90, a palma forrageira, sob cultivo de sequeiro, apresentava produção média de 20 t de MS/ha/colheita, enquanto ao final desta década, já é possível se observar na literatura, produções acima de 40 t de MS/ha/colheita bienal, correspondente a mais de 200 t de matéria verde/ha/ano. Dificilmente outra cactácea terá comportamento produtivo tão expressivo quanto à palma forrageira nesta região.
Apesar da irrigação de palmais ainda não ser uma prática comum no Nordeste, existem relatos de alguns produtores, sobretudo em áreas do Nordeste que a palma, quando cultivada em condições de sequeiro, não apresenta crescimento satisfatório, de que o desenvolvimento da cultura é muito acelerado, o que aparece como uma ferramenta de manejo a ser estudada. Alguns resultados preliminares de pesquisa com palma irrigada já começam a ser divulgados, confirmando o potencial de elevação da produtividade da cultura. Esta ferramenta poderá possibilitar a colheita da palma com menores intervalos de tempo e com maiores densidades de plantio de que as tradicionalmente cultivadas. Entretanto, há ainda que se estudar melhor esta possibilidade frente à limitação edáfica e hídrica de muitas áreas do Nordeste.
Assim, no Interleite Nordeste, em sua palestra “Potencial produtivo da palma forrageira: resultados de pesquisa e perspectivas práticas”, o Professor Alexandre Carneiro Leão de Mello abordará os fatores que interferem na produtividade da palma forrageira, apresentando os níveis de produtividade obtidos na pesquisa científica, bem como discutirá perspectivas de possibilidade de adoção do manejo adequado da cultura pelos produtores, visando obtenção dos níveis máximos de produtividade da palma forrageira.
Não perca a oportunidade de participar deste grande encontro do setor leiteiro, que pela primeira vez está sendo realizado no nordeste! O evento irá abordar as diferentes realidades do leite no Nordeste, tanto sob a ótica da produção irrigada em grandes projetos de produção, como também a produção em sequeiro, nas condições do semi-árido. Ainda, abordará temas como organização da cadeia produtiva, atração de investimentos e políticas públicas.
Acesse aqui para visualizar a programação completa do Interleite Nordeste.
As inscrições com grande desconto vão até dia 07 de outubro. Não perca tempo! Clique no botão abaixo e faça já a sua!
O Palestrante:
Alexandre Carneiro Leão de Mello
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1995), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1998) e doutorado em Ciência Animal e Pastagens pela Universidade de São Paulo (2002). Atualmente é Professor Associado do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Forragicultura e Pastagens, atuando principalmente nas seguintes linhas: produção e conservação de forragem, avaliação de plantas forrageiras, fisiologia e morfologia de plantas forrageiras, manejo de pastagens.
Na região Nordeste do Brasil são cultivadas, basicamente, quatro cultivares de palma forrageira: gigante, redonda, clone IPA-20 e miúda. As três primeiras cultivares pertencem à espécie Opuntia fícus-indica Mill, enquanto a espécie da cv. miúda é a Nopalea cochenillifera Salm Dyck.
Até a década de 60, a palma forrageira era utilizada como alimento estratégico, ou seja, apenas nos períodos de estiagem, fato que ainda acontece no Sertão do Nordeste. Contudo, atualmente, nas bacias leiteiras de vários estados do Nordeste, sobretudo Alagoas e Pernambuco, a palma forrageira é a base da alimentação dos rebanhos leiteiros.
Apesar da maior eficiência no uso de água, plantas de metabolismo MAC apresentam menores taxas de crescimento, quando comparadas às gramíneas e leguminosas. Entretanto, visando aumentar a produtividade da palma forrageira, o melhoramento genético (lançamento de cultivares mais produtivos), associado à otimização no manejo da cultura (frequência e intensidade de colheita) e tratos culturais (adubação, espaçamento, limpeza) vem promovendo um incremento considerável na produtividade dessa forrageira no Nordeste do Brasil. Em meados da década de 90, a palma forrageira, sob cultivo de sequeiro, apresentava produção média de 20 t de MS/ha/colheita, enquanto ao final desta década, já é possível se observar na literatura, produções acima de 40 t de MS/ha/colheita bienal, correspondente a mais de 200 t de matéria verde/ha/ano. Dificilmente outra cactácea terá comportamento produtivo tão expressivo quanto à palma forrageira nesta região.
Apesar da irrigação de palmais ainda não ser uma prática comum no Nordeste, existem relatos de alguns produtores, sobretudo em áreas do Nordeste que a palma, quando cultivada em condições de sequeiro, não apresenta crescimento satisfatório, de que o desenvolvimento da cultura é muito acelerado, o que aparece como uma ferramenta de manejo a ser estudada. Alguns resultados preliminares de pesquisa com palma irrigada já começam a ser divulgados, confirmando o potencial de elevação da produtividade da cultura. Esta ferramenta poderá possibilitar a colheita da palma com menores intervalos de tempo e com maiores densidades de plantio de que as tradicionalmente cultivadas. Entretanto, há ainda que se estudar melhor esta possibilidade frente à limitação edáfica e hídrica de muitas áreas do Nordeste.
Assim, no Interleite Nordeste, em sua palestra “Potencial produtivo da palma forrageira: resultados de pesquisa e perspectivas práticas”, o Professor Alexandre Carneiro Leão de Mello abordará os fatores que interferem na produtividade da palma forrageira, apresentando os níveis de produtividade obtidos na pesquisa científica, bem como discutirá perspectivas de possibilidade de adoção do manejo adequado da cultura pelos produtores, visando obtenção dos níveis máximos de produtividade da palma forrageira.
Não perca a oportunidade de participar deste grande encontro do setor leiteiro, que pela primeira vez está sendo realizado no nordeste! O evento irá abordar as diferentes realidades do leite no Nordeste, tanto sob a ótica da produção irrigada em grandes projetos de produção, como também a produção em sequeiro, nas condições do semi-árido. Ainda, abordará temas como organização da cadeia produtiva, atração de investimentos e políticas públicas.
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O Palestrante:
Alexandre Carneiro Leão de Mello
Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1995), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1998) e doutorado em Ciência Animal e Pastagens pela Universidade de São Paulo (2002). Atualmente é Professor Associado do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Forragicultura e Pastagens, atuando principalmente nas seguintes linhas: produção e conservação de forragem, avaliação de plantas forrageiras, fisiologia e morfologia de plantas forrageiras, manejo de pastagens.
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