quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Café: Custo de produção cresce mais nas lavouras mecanizadas


Os custos de produção de café em regiões com atividade mecanizada tiveram, em 2013, alta superior em relação às regiões com processo produtivo manual. O Custo Operacional Efetivo (COE), que contempla as despesas rotineiras nas propriedades rurais, subiu 4,22% nestas lavouras. Nos municípios onde a produção demanda mais mão de obra, o aumento foi de 3,95%.

A análise consta no boletim Ativos do Café, publicação que traça um panorama da atividade cafeeira, elaborada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pela Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA). Segundo o estudo, o principal fator para a variação maior do COE nas lavouras mecanizadas foi o aumento dos preços dos insumos agrícolas.

O boletim mostrou que a alta do COE foi ainda maior nas lavouras semimecanizadas, onde apenas a colheita é manual. Nestas regiões, o custo operacional cresceu 5,44%, diante do aumento dos custos com mão de obra na colheita, por causa da valorização do salário mínimo, e dos gastos com corretivos e defensivos.

Café conilon - Com preços de venda mais estáveis e custos de produção menores, o café conilon ganhou mais espaço no mercado interno e o cenário atual é extremamente favorável a este tipo de grão. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção passou de 7,5 milhões de toneladas em 2007 para 12,5 milhões de toneladas em 2012, crescimento de 66%. Neste cenário, a tendência é de expansão do cultivo de café conilon no Brasil.

De acordo com o estudo, a demanda por este produto pode crescer sob algumas condicionantes, como o aumento do consumo na Ásia, especialmente do café solúvel feito com o conilon.

Outro ponto relevante, segundo o boletim, são os novos processos para tratamento químico dos grãos, capazes de reduzir características indesejáveis na bebida, típicas da espécie. “A consequência direta dessas tecnologias é a elevação do percentual de conilon nos blends”, afirma o estudo. Hoje, a indústria nacional de café utiliza, em média, 50% de conilon em seus blends (cafés especiais).

As informações são do CNA, adaptadas pelo CafePoint

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