Todos que já tiveram a oportunidade de visitar uma fazenda onde o coçador automático rotativo para vacas é utilizado, com certeza chegaram a conclusão de que elas não gostam de se coçar... ELAS AMAM!
Afinal, o que dizem as pesquisas a respeito da utilização do coçador automático?
Primeiramente é importante ressaltar que se coçar é um comportamento considerado normal para os animais de produção, como cavalos, suínos e bovinos.
Tal comportamento tem diversas funções, mas a principal delas é manter a limpeza.
O ato de se coçar ajuda os animais a remover lama, fezes, urina, insetos e parasitas dos pelos e, assim, reduz o risco de doenças.
As vacas leiteiras para se coçarem, normalmente usam a língua ou coçam com os pés traseiros, ou ainda golpeiam com o rabo na tentativa de alcançar todas as partes do corpo.
No entanto, algumas partes são inacessíveis para esses animais, como é o caso da cabeça, pescoço, costas e o quarto traseiro e, nesses casos, elas vão usar qualquer objeto disponível no ambiente para alcançá-los.
Além de ser natural, esse comportamento parece ser importante para as vacas leiteiras e o enriquecimento do ambiente favorecendo-o pode trazer vantagens ao bem-estar desses animais.
É ai que entra a utilização do coçador automático, pois ele permite que as vacas satisfaçam o comportamento natural de se coçarem mais facilmente, podendo assim reduzir o estresse devido ao tédio causado por ambientes de confinamento (De Vries et al., 2007).
O uso do coçador automático tem se mostrado benéfico segundo diversos estudos.
DeVries et al. (2007) testaram 72 vacas holandesas em lactação para o uso ou não do coçador automático.
Nesse estudo, durante a primeira semana as vacas passaram por um período de adaptação ao novo grupo formado, na segunda semana o comportamento das vacas foi monitorado como controle e na terceira semana o coçador automático foi instalado nos currais e as vacas foram avaliadas quanto a sua utilização por 2 semanas.
Até 24h após a instalação do coçador automático 56,9% das vacas utilizaram o instrumento.
Após 7 dias 93% dos animais usaram o coçador e ao final do período de tratamento apenas 1 vaca não tinha utilizado o coçador.
Quando o coçador estava presente os animais passaram mais tempo se esfregando no coçador automático (6,76 min) do que na parede (0,44 min.) ou bebedouro (0,22 min.).
Além disso quando introduzidas ao coçador automático, as vacas aumentaram em 508% o tempo gasto se coçando e em 226% a frequência de eventos.
Os resultados desse estudo indicam que o coçador permite maior facilidade de alcançar os lugares inacessíveis e pode trazer benefícios ao bem-estar. Pelos resultados também é possível concluir que os animais gostam de usar o coçador automático.
O trabalho de Newby et al. (2012) apresentaram resultados interessantes, os autores testaram o uso do coçador automático por vacas no pré e pós-parto.
A hipótese do estudo foi de que se o coçador automático pode trazer benefícios às vacas em lactação, disponibilizá-lo para vacas no pré e pós-parto poderia ajudá-las a lidar com o estresse relacionado a esse período.
Os resultados foram bastante interessantes.
No curral de pré-parto todas as vacas utilizaram o coçador automático com média de 31,5 + 17,7 min/d entre 72 e 48 horas antes do parto. Tempo esse bem maior do que o encontrado por De Vries et al. (2007) que foi de 5 a 7 min/d.
As vacas que tiveram o coçador automático no curral maternidade, curiosamente, lamberam os bezerros por mais tempo nas primeiras horas após o parto. Segundo os autores uma possível explicação para o fato é que o uso do coçador pode ter aumentado os níveis de ocitocina nesses animais e esse hormônio tem função na ligação materno filial em mamíferos.
O estudo de Miwa e Takeda (2013), por sua vez, mostrou que o modelo do coçador também é importante.
Os autores comparam o uso do coçador automático equipado com um dispositivo que o liga quando o animal o toca e o coçador estacionário por vacas leiteiras confinadas em free stall.
Os resultados indicaram que o coçador automático foi utilizado por 44% dos animais por dia enquanto que o estacionário foi utilizado por 29% das vacas por dia.
O coçador automático foi mais usado para coçar o quadril e as patas traseiras enquanto que o estacionário foi mais usado para a cabeça e pescoço.
A conclusão geral é que, independente do modelo, o coçador pode trazer benefícios ao bem-estar de vacas leiteiras confinadas. Portanto aos produtores que pensam em investir no bem-estar dos animais, esse pode ser um investimento que vai agradar o rebanho.
Afinal, o que dizem as pesquisas a respeito da utilização do coçador automático?
Primeiramente é importante ressaltar que se coçar é um comportamento considerado normal para os animais de produção, como cavalos, suínos e bovinos.
Tal comportamento tem diversas funções, mas a principal delas é manter a limpeza.
O ato de se coçar ajuda os animais a remover lama, fezes, urina, insetos e parasitas dos pelos e, assim, reduz o risco de doenças.
As vacas leiteiras para se coçarem, normalmente usam a língua ou coçam com os pés traseiros, ou ainda golpeiam com o rabo na tentativa de alcançar todas as partes do corpo.
No entanto, algumas partes são inacessíveis para esses animais, como é o caso da cabeça, pescoço, costas e o quarto traseiro e, nesses casos, elas vão usar qualquer objeto disponível no ambiente para alcançá-los.
Além de ser natural, esse comportamento parece ser importante para as vacas leiteiras e o enriquecimento do ambiente favorecendo-o pode trazer vantagens ao bem-estar desses animais.
É ai que entra a utilização do coçador automático, pois ele permite que as vacas satisfaçam o comportamento natural de se coçarem mais facilmente, podendo assim reduzir o estresse devido ao tédio causado por ambientes de confinamento (De Vries et al., 2007).
O uso do coçador automático tem se mostrado benéfico segundo diversos estudos.
DeVries et al. (2007) testaram 72 vacas holandesas em lactação para o uso ou não do coçador automático.
Nesse estudo, durante a primeira semana as vacas passaram por um período de adaptação ao novo grupo formado, na segunda semana o comportamento das vacas foi monitorado como controle e na terceira semana o coçador automático foi instalado nos currais e as vacas foram avaliadas quanto a sua utilização por 2 semanas.
Até 24h após a instalação do coçador automático 56,9% das vacas utilizaram o instrumento.
Após 7 dias 93% dos animais usaram o coçador e ao final do período de tratamento apenas 1 vaca não tinha utilizado o coçador.
Quando o coçador estava presente os animais passaram mais tempo se esfregando no coçador automático (6,76 min) do que na parede (0,44 min.) ou bebedouro (0,22 min.).
Além disso quando introduzidas ao coçador automático, as vacas aumentaram em 508% o tempo gasto se coçando e em 226% a frequência de eventos.
Os resultados desse estudo indicam que o coçador permite maior facilidade de alcançar os lugares inacessíveis e pode trazer benefícios ao bem-estar. Pelos resultados também é possível concluir que os animais gostam de usar o coçador automático.
O trabalho de Newby et al. (2012) apresentaram resultados interessantes, os autores testaram o uso do coçador automático por vacas no pré e pós-parto.
A hipótese do estudo foi de que se o coçador automático pode trazer benefícios às vacas em lactação, disponibilizá-lo para vacas no pré e pós-parto poderia ajudá-las a lidar com o estresse relacionado a esse período.
Os resultados foram bastante interessantes.
No curral de pré-parto todas as vacas utilizaram o coçador automático com média de 31,5 + 17,7 min/d entre 72 e 48 horas antes do parto. Tempo esse bem maior do que o encontrado por De Vries et al. (2007) que foi de 5 a 7 min/d.
As vacas que tiveram o coçador automático no curral maternidade, curiosamente, lamberam os bezerros por mais tempo nas primeiras horas após o parto. Segundo os autores uma possível explicação para o fato é que o uso do coçador pode ter aumentado os níveis de ocitocina nesses animais e esse hormônio tem função na ligação materno filial em mamíferos.
O estudo de Miwa e Takeda (2013), por sua vez, mostrou que o modelo do coçador também é importante.
Os autores comparam o uso do coçador automático equipado com um dispositivo que o liga quando o animal o toca e o coçador estacionário por vacas leiteiras confinadas em free stall.
Os resultados indicaram que o coçador automático foi utilizado por 44% dos animais por dia enquanto que o estacionário foi utilizado por 29% das vacas por dia.
O coçador automático foi mais usado para coçar o quadril e as patas traseiras enquanto que o estacionário foi mais usado para a cabeça e pescoço.
A conclusão geral é que, independente do modelo, o coçador pode trazer benefícios ao bem-estar de vacas leiteiras confinadas. Portanto aos produtores que pensam em investir no bem-estar dos animais, esse pode ser um investimento que vai agradar o rebanho.
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