“Em um quadro de injustiça ambiental, as populações pobres são as mais vulneráveis, principalmente em nossas cidades”, afirmou Dilma Sessão Plenária da Cúpula do Clima da ONU, em Nova Iorque. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta terça-feira (23), nos Estados Unidos, que os países em desenvolvimento não renunciarão ao imperativo de reduzir as desigualdades e elevar o padrão de vida de sua gente.
“Temos igual direito ao bem-estar. E estamos provando que um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível. O Brasil é exemplo disso”, disse a chefe de Estado brasileira, ao participar da Cúpula do Clima 2014, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Dilma acrescentou que os custos para enfrentar a mudança do clima são elevados, mas os benefícios compensam.
“Precisamos reverter a lógica de que o combate à mudança do clima é danoso à economia. A redução das emissões e ações de adaptação devem ser reconhecidas como fonte de riqueza, de modo a atrair investimentos e lastrear novas ações de desenvolvimento sustentável”, alertou.
E lembrou que os desastres naturais relacionados à mudança do clima têm ceifado vidas e prejudicado as atividades econômicas em todo o mundo – e as populações pobres são as que mais sofrem.
“Em um quadro de injustiça ambiental, as populações pobres são as mais vulneráveis, principalmente em nossas cidades”.
No Brasil, o governo implementou a Política Nacional de Prevenção e Monitoramento de Desastres Naturais, com o objetivo de impedir que esses desastres causem danos às pessoas, ao patrimônio e ao meio ambiente.
“Até o final deste ano, submeteremos à sociedade brasileira uma parte da política acima referida, o Plano Nacional de Adaptação”.
Historicamente, os países desenvolvidos alcançaram o nível de bem estar de suas sociedades graças a um modelo de desenvolvimento, baseado em altas taxas de emissões de gases danosos ao clima, disse Dilma, ressalvando que o Brasil não quer repetir esse modelo.
A Cúpula do Clima 2014 antecede a 69ª Assembleia Geral da ONU, convocada pelo secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, e será aberta pela presidenta brasileira nesta quarta-feira (24).
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