sexta-feira, 3 de outubro de 2014

ÍNTEGRA DA ENTREVISTA CONCEDIDA POR DILMA DURANTE CAMINHADA EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Íntegra da entrevista concedida por Dilma durante caminhada em São José dos Campos
Jornalista: Presidente, dá pra levar no primeiro turno, conforme as pesquisas estão apontando? A senhora tem essa expectativa?
Dilma Rousseff: Nós estamos contando com o segundo turno. Então, nós vamos, daqui pra frente, lutar e apresentar as nossas propostas de Educação; Saúde; Moradia, com o Minha Casa Minha Vida, Pronatec, com os cursos profissionalizantes. Então, estamos preparados pra enfrentar o primeiro e o segundo turno.
Jornalista: Com quem a senhora prefere disputar o segundo turno?
Dilma Rousseff: Eu não tenho preferências.
Jornalista: E qual avaliação a senhora faz do debate de ontem?
Dilma Rousseff: Bom debate, com as limitações que um debate com sete pessoas tem. Porque você tem um minuto e meio para responder, 40 segundos para réplica ou tréplica. Esse é um tempo muito curto para se fazer confronto de propostas. Mas ele foi muito bom, acho que deu para esclarecer.
Jornalista: No segundo turno dá para ampliar esse debate?
Dilma Rousseff: No segundo turno é um debate entre duas pessoas, então, obviamente, ele tem mais espaço.
Jornalista: Dilma, no projeto do trem-bala ia ter a estação (ininteligível). A senhora pretende retomar?
Dilma Rousseff: Eu acredito que esse é um projeto importante. Nós tivemos de adiá-lo porque uma parte dos grandes investidores, que era basicamente o pessoal da França, Itália e Alemanha, estava, naquele momento em que nós iríamos lançar o edital, dentro de uma crise inclusive com risco do Euro cair. Estava comprometida a possibilidade de investidores participarem. Então nós adiamos e vamos avaliar agora quais são as chances disso ocorrer.
Jornalista: Presidente, o PSDB vem acusando a senhora de usar a máquina pública, haja visto o episódio dos Correios, pra fazer campanha e disse que vai entrar com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral. Como é que a senhora avalia isso?
Dilma Rousseff: É uma coisa interessante essa história que aparece sempre que alguém corre o risco de perder eleição. Que é atribuir responsabilidade a outrem. Mas, no que se refere a aparelhamento, é bom dizer que o Brasil saiu, em 2002, de um gasto com funcionalismo público federal de 4,8% para hoje um gasto de 4,2%. Nós reduzimos o número de funcionários, mesmo tendo aberto concursos para professores, para funcionários da área da saúde e da área de segurança pública. Mesmo assim, diminuímos o percentual de gastos em relação a isso. Além disso, é importante que vocês saibam que no Governo Federal, 67% dos cargos de comissão são exercidos por funcionários públicos. Isso significa que apenas 23% dos cargos são de livre nomeação. Não acredito que ocorra isso nos governos estaduais do PSDB.

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