domingo, 2 de agosto de 2015

Aumento do consumo nocivo de álcool exige medidas limitadoras



Adital
Em cinco anos, quase duplicou a percentagem de bebedores homens, que têm consumos episódicos fortes de álcool — a forma mais prejudicial -- q quase triplicou esta taxa entre as mulheres
Em cinco anos, aumentou o consumo nocivo de álcool nas Américas, o que exige medidas para limitarem a disponibilidade, restringirem a comercialização e aumentarem os preços com maiores impostos. Isto é o que defende a Organização Pan-Americana da Saúde [Opas/OMS – Organização Mundial da Saúde] em um novo informe sobre a situação regional do consumo de álcool e a saúde na região americana.
reproducaoNas Américas, o uso nocivo de álcool contribuiu para a morte de cerca de 300.000 pessoas, em 2012, das quais mais de 80.000 não teriam falecido se o álcool não houvesse intermediado. O consumo de álcool contribui com mais de 200 enfermidades e lesões, incluindo a cirrose hepática e alguns tipos de câncer. Também faz com que as pessoas sejam mais suscetíveis e menos aderentes ao tratamento de doenças infecciosas, como o HIV e a Tuberculose, e é, ademais, o principal fator de risco de morte em adolescentes.
Na região americana, as pessoas consomem em média 8,4 litros de álcool puro por ano, 2,5 litros menos que na Europa, mas 2,2 litros a mais do que a média mundial. Além disso, têm a maior quantidade de pessoas que consomem álcool pelo menos uma vez em sua vida (mais de 81% das pessoas maiores de 15 anos). A cerveja é a bebida alcoólica mais popular, representando 55,3% do total de álcool consumido.
A percentagem de bebedores homens das Américas, que têm consumos episódicos fortes de álcool, ou seja, que consomem quatro ou cinco bebidas alcoólicas pelo menos em uma ocasião, nos últimos 30 dias, passou de quase 18% para quase 30% entre 2005 e 2010, e aumentou de 4,6% para 13% entre as mulheres. Na região, um em cada cinco bebedores (22%) pratica episódios de consumo alcoólico excessivo, uma percentagem superior à média global (16%). Paraguai, São Cristóvão e Nevis, Dominica, Venezuela e Trinidad e Tobago têm as taxas mais altas de consumo nocivo de álcool da região.
A dimensão do problema se agrava quando se leva em conta que 10% dos consumidores de álcool ingerem, em média, mais de 40% do total de álcool que se consome nas Américas, região onde o seu consumo é, em médio, o segundo mais alto per capita de todas as regiões da OMS, depois da Europa. Estima-se que ao redor de 6% dos habitantes da região padecem de algum transtorno relacionado com o consumo de álcool.
reproducao"O aumento no consumo problemático de álcool pode ser vinculado à alta disponibilidade do álcool nos países da nossa região, seu baixo preço e a grande promoção e publicidad dessas bebidas”, afirma Maristela Monteiro, assessora principal em Abuso de Substâncias e Álcool da OPS/OMS. "Qualquer consumo de álcool tem um risco para a saúde”, alerta, e acrescenta que "o consumo frequente pode levar à dependência”.
Muitos países ainda não tomaram as medidas para promover, proteger e melhorar a saúde e o bem estar dos seus cidadãos, por cima dos interesses comerciais:
Sete países da região não restringem a venda de álcool para menores de 18 anos;
Quase 70% não têm regulamentada a propaganda de bebidas alcoólicas ou só têm códigos regulamentarios elaborados pela própria indústria;
Apenas nove países têm impostos sobre o álcool de acordo com a quantidade que contêm e que se ajustam em função da inflação.
Informe "Situação regional do consumo de álcool e a saúde nas Américas”:www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view=article&id=11108&Itemid=41530&lang=es

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