247 - Para o diretor e roteirista Jorge Furtado as "manchetes parecem às mesmas". Segundo Furtado, após a eleição que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lua da Silva ao poder, os veículos de comunicação brasileiros mudaram drasticamente o seu posicionamento político. "Eles foram governistas na ditadura, no Sarney, com Tancredo, criaram o Collor, foram totalmente governistas com Fernando Henrique e descobriram Millôr Fernandes e a frase 'imprensa é oposição' quando Lula chegou no governo", disse em entrevista à TV Carta, da Carta Capital.
Segundo ele, a opção por uma pauta unificada acabou por resultar no fato de que os veículos de imprensa "abrissem mão de fazer jornalismo muitas vezes para fazer política diretamente". O resultado disso foi o aparecimento de blogs e sites alternativos, de defesa do governo. "Ficou um negócio meio extremado. A única maneira é se informar em vários veículos, não tem jeito", avaliou.
Em sua crítica, Furtado destaca que esta partidarização acabou por fazer com que a mesma informação seja checada várias vezes pelo leitor, de maneira a se obter uma informação confiável. "É impossível acreditar se não checar duas três vezes, em três, quatro fontes diferentes". Como exemplo desta necessidade e da falta de uma informação consistente, ele fala da falta de consistência de quem busca informação apenas por manchetes e que acabam falando de "impeachment e roubalheira" como se fossem fatos reais.
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