terça-feira, 17 de junho de 2014

Exportação para árabes segue em queda


Vendas do Brasil para países árabes recuaram 9,5% nos cinco primeiros meses do ano. Também caíram em maio. Houve embarques menores dos principais produtos, como carne de frango, minérios e açúcar.


São Paulo – As exportações brasileiras para os países árabes continuam registrando queda. No acumulado deste ano até maio elas recuaram 9,53%, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Nos cinco primeiros meses do ano, a receita com as vendas alcançou US$ 5,04 bilhões, contra US$ 5,58 bilhões em igual período do ano passado.
Appa
Menores embarques e menor receita
O volume exportado também recuou, mas um pouco menos, 7,25%. Isso significa que, na média geral, houve diminuição de preços dos produtos embarcados pelo Brasil aos portos árabes. Foram 14 milhões de toneladas enviadas entre janeiro e maio de 2014 em mercadorias exportadas e 15,1 milhões de toneladas nestes mesmos meses em 2013.

Houve queda em todos os principais grupos de produtos que o Brasil vendeu para a região no período: animais e produtos, alimentos industrializados, produtos minerais, além de vegetais e seus produtos. Uma olhada detalhada em cada grupo aponta que pesou no desempenho o recuo de 22% da receita com vendas de carnes de frango, de 26% no açúcar e de 15% na de minérios. Os três estão entre os principais e tradicionais produtos vendidos pelo Brasil aos árabes.

"O preço influenciou bastante, mas a quantidade exportada também reduziu, só que não tanto (quanto os preços)”, afirma o diretor geral da Câmara Árabe, Michel Alaby. No caso do frango e do açúcar, parte da queda ocorreu devido ao preço menor dos produtos vendidos. Alaby também acredita que os países tenham novos fornecedores de carne de frango, da própria região. Ele ressalta o aumento das vendas de produtos como laticínios e animais vivos.

Entre os países de destino no mundo árabe, o maior importador, a Arábia Saudita, comprou menos. As vendas para a nação do Oriente Médio caíram 23%. Para o segundo maior comprador, os Emirados, as exportações também recuaram, em 5,36%. Já o terceiro grande importador, o Egito, comprou mais 11%, e o quarto, a Argélia, 36,68%. Omã ocupa o quinto lugar no ranking dos cinco primeiros meses e fez compras 38% menores.

No mês de maio, individualmente, as vendas para o mercado árabe também caíram. O recuo foi de 6,7% em receita, de US$ 1,04 bilhão para US$ 979 milhões. Também houve queda de exportação de carnes, açúcar e minérios, os principais da pauta. Mas em volume o Brasil vendeu mais para os árabes em maio. Foram 2,76 milhões de toneladas no último mês e 2,63 milhões de toneladas em maio de 2013. O aumento, de 5%, teve influência das vendas de minérios, que avançaram 10,5% em quantidade no período.

Importações

Também caíram as exportações dos países árabes para o Brasil. No acumulado do ano até maio, houve diminuição de 10,6% na receita que os árabes obtiveram com vendas ao mercado brasileiro. Em maio especialmente a queda foi bem maior, de 28,4%. A receita nos cinco meses acumulados ficou em US$ 4,4 bilhões e apenas em maio foi de US$ 1 bilhão. O Brasil compra do mundo árabe principalmente petróleo e fertilizantes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário