Relatório da Unctad atribui à ação de Israel a falta de desenvolvimento econômico nos territórios palestinos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, entre eles o PIB fraco, altos índices de pobreza e de desemprego.
São Paulo – A má situação econômica Palestina piorou em 2013 e não deve melhorar neste e nos próximos anos se Israel continuar a ocupar e controlar a circulação de pessoas e mercadorias nos territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. De acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (03) pela Organização das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês), devido à ocupação o desemprego atinge 27% da população apta a trabalhar e o bloqueio dos túneis subterrâneos pelos quais circulam mercadorias interrompeu a expansão dos setores de transportes e construção.
“Embora em 2013 as doações tenham se recuperado um pouco do declínio de 2012, não foram suficientes para compensar os severos efeitos das restrições israelenses à circulação de mercadorias e pessoas, a incerteza generalizada e a persistente crise fiscal e os sombrios horizontes políticos”, afirma o relatório “Desenvolvimento na Economia dos Territórios Ocupados da Palestina”. Segundo o documento, o Produto Interno Bruto (PIB) da Faixa de Gaza e da Cisjordânia cresceu 12,2% em 2011 e 5,9% em 2012, mas não deverá passar de 1,5% em 2013, a menor expansão desde 2006. O dado ainda não está fechado.
O documento observa que os túneis subterrâneos são fonte importante de receitas para os palestinos. Esses túneis, contudo, são continuamente combatidos por Israel, que alega que por eles passam, além de alimentos e mercadorias, armamentos. Israel também interrompeu a liberação de produtos e receitas via alfândega, o que foi retomado só no final de 2013.
Mesmo sob controle de Israel, observa o documento, a Palestina conseguiu crescer em alguns momentos de 2013. Na Faixa de Gaza foram implantados projetos resultantes de doações. Já a Cisjordânia registrou expansão no fim do ano, quando Israel retirou as restrições ao repasse da receita alfandegária. Nos dois casos, o crescimento da economia não dependeu diretamente de políticas implantadas pelos palestinos.
Outro desafio que precisa ser enfrentado é o desemprego. Aproximadamente 36% dos trabalhadores da Faixa de Gaza e 22% dos moradores da Cisjordânia não tinham onde trabalhar em 2013. O índice é ainda maior entre as mulheres e os jovens com idades entre 15 e 24 anos. Entre eles, a taxa de desemprego é de 41%. Das mulheres jovens, duas a cada três não tinham onde trabalhar. O estudo da Unctad afirma que é “alarmante” registrar esse índice de desemprego em um país no qual 70% da população tem menos de 30 anos.
O documento afirma que a economia da Palestina pode crescer também se a Cisjordânia conseguir desfrutar dos recursos naturais da Área C, uma das três regiões em que a Cisjordânia está dividida. Esta área compreende 61% do território da Cisjordânia. Segundo o documento, é onde estão as terras mais férteis do território e onde se encontram áreas onde podem ser instaladas atividades econômicas que proporcionem o crescimento. Essa região está sob controle israelense.
“Embora em 2013 as doações tenham se recuperado um pouco do declínio de 2012, não foram suficientes para compensar os severos efeitos das restrições israelenses à circulação de mercadorias e pessoas, a incerteza generalizada e a persistente crise fiscal e os sombrios horizontes políticos”, afirma o relatório “Desenvolvimento na Economia dos Territórios Ocupados da Palestina”. Segundo o documento, o Produto Interno Bruto (PIB) da Faixa de Gaza e da Cisjordânia cresceu 12,2% em 2011 e 5,9% em 2012, mas não deverá passar de 1,5% em 2013, a menor expansão desde 2006. O dado ainda não está fechado.
O documento observa que os túneis subterrâneos são fonte importante de receitas para os palestinos. Esses túneis, contudo, são continuamente combatidos por Israel, que alega que por eles passam, além de alimentos e mercadorias, armamentos. Israel também interrompeu a liberação de produtos e receitas via alfândega, o que foi retomado só no final de 2013.
Mesmo sob controle de Israel, observa o documento, a Palestina conseguiu crescer em alguns momentos de 2013. Na Faixa de Gaza foram implantados projetos resultantes de doações. Já a Cisjordânia registrou expansão no fim do ano, quando Israel retirou as restrições ao repasse da receita alfandegária. Nos dois casos, o crescimento da economia não dependeu diretamente de políticas implantadas pelos palestinos.
Outro desafio que precisa ser enfrentado é o desemprego. Aproximadamente 36% dos trabalhadores da Faixa de Gaza e 22% dos moradores da Cisjordânia não tinham onde trabalhar em 2013. O índice é ainda maior entre as mulheres e os jovens com idades entre 15 e 24 anos. Entre eles, a taxa de desemprego é de 41%. Das mulheres jovens, duas a cada três não tinham onde trabalhar. O estudo da Unctad afirma que é “alarmante” registrar esse índice de desemprego em um país no qual 70% da população tem menos de 30 anos.
O documento afirma que a economia da Palestina pode crescer também se a Cisjordânia conseguir desfrutar dos recursos naturais da Área C, uma das três regiões em que a Cisjordânia está dividida. Esta área compreende 61% do território da Cisjordânia. Segundo o documento, é onde estão as terras mais férteis do território e onde se encontram áreas onde podem ser instaladas atividades econômicas que proporcionem o crescimento. Essa região está sob controle israelense.
O documento se refere à situação econômica da Palestina em 2013, em decorrência da ocupação israelense e não considera os resultados decorrentes dos conflitos entre Israel e militantes palestinos na Faixa de Gaza a partir de julho. Segundo a Unctad, o PIB da Cisjordânia poderia crescer até 7% se eles tivessem acesso a 32,6 mil hectares de áreas cultiváveis da região. A economia poderia se expandir outros 9% se aos investidores palestinos fosse permitido explorar reservas de bromo e potássio no Mar Morto.
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