segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Cooperativa beneficiada pela Codevasf vence concurso de melhor mel da Bahia em Congresso de Apicultura

Cooperativa beneficiada pela Codevasf vence concurso de melhor mel da Bahia em Congresso de Apicultura
A Cooperativa Regional dos Apicultores do Médio São Francisco (Coopamesf), que é apoiada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), foi premiada no VI Congresso Baiano de Apicultura e Meliponicultura, que aconteceu neste mês de julho, em Ilhéus, com a primeira colocação no concurso de melhor mel da Bahia, com o Mel Velho Chico, marca do produto da cooperativa. O Congresso aconteceu simultaneamente ao III Seminário Brasileiro de Própolis e Pólen, ao VIII Seminário de Própolis do Nordeste e à VI Feira de Produtos e Equipamentos. O evento foi realizado pelo Ministério da Agricultura, por meio da Ceplac (Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira), Governo do Estado da Bahia, Confederação Brasileira de Apicultura e Federação Baiana de Apicultura e Meliponicultura.
“Geralmente, nos congressos realizados, acontecem concursos, como melhor mel, melhor pólen, melhor própolis. E, desta vez, nós participamos do concurso de melhor mel. Várias cooperativas, empresas e produtores levaram os seus produtos para participar desse concurso. O Ministério da Agricultura montou um laboratório dentro do Congresso para analisar as amostras. Os fiscais do Ministério analisaram densidade, cor, aroma, sabor, pureza, higiene, entre outros fatores, e tivemos a felicidade de ganhar o concurso com o Mel Velho Chico”, explica Gilmário Mendes, diretor da Coopamesf.
A Coopamesf possui papel importante na cadeia da apicultura na região do Médio São Francisco baiano, área de atuação da 2ª Superintendência Regional da Codevasf, sediada em Bom Jesus da Lapa. Neste ano de 2015, a cooperativa já exportou cerca de 30 toneladas de mel para três países – Estados Unidos, Alemanha e França –, representando uma venda de R$ 218 mil. Em 2014, outras 25 toneladas de mel já haviam sido exportadas.
A expectativa é que as vendas aumentem após a conquista. “Esse é um prêmio importante porque foi conquistado em um congresso que tem abrangência internacional. Estavam congregados produtores, comerciantes, consumidores, universidades, órgãos diversos, todos relacionados à cadeia do mel. Quando você ganha um prêmio desses, isso mostra que o trabalho é sério e que o produto tem qualidade. Isso acaba sendo divulgado e deve causar uma procura maior porque, quando o consumidor sabe que o mel do Velho Chico foi considerado o melhor da Bahia, e vê em uma prateleira de um mercado, ele quer levar esse mel porque tem a qualidade atestada”, diz Gilmário Mendes.
Mel Velho Chico“Atribuímos essa qualidade a vários outros fatores. Desde o trabalho de campo do apicultor, no apiário dele, fazendo a colheita de forma correta. Também o trabalho nas unidades de extração de mel, nos entrepostos, com o beneficiamento do mel, e a qualidade no processo de armazenagem e rotulagem. Além dos aspectos naturais da nossa região, que tem um clima favorável, uma florada diversificada que dá essa qualidade ao nosso mel”, comenta Gilmário.
A Coopamesf conta com 93 cooperados, mas atende indiretamente a cerca de 350 apicultores do território Velho Chico, que conta com cerca de 700 apicultores no total, adquirindo a produção deles. “Enquanto esse pessoal não cria uma cooperativa ou se associa, nós compramos o mel deles. Procuramos visitar os nossos cooperados, e outros apicultores, dando orientações técnicas, mostrando o papel do cooperativismo e as vantagens de se associar à cooperativa. Antes da existência dela, o produtor chegava a armazenar o mel por dois anos sem achar a quem vender. Ou vendia ao atravessador, que oferecia preços baixos. Quando a Coopamesf começou a atuar no território, isso acabou. A figura do atravessador praticamente não tem mais força na nossa região”, conta Gilmário Mendes.
O crescimento da cooperativa de apicultores familiares está intimamente ligado ao apoio fornecido pela Codevasf, que a estruturou com 150 kits de materiais apícolas – uma ação do eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil sem Miséria. Segundo Gilmário, desde quando os kits produtivos começaram a ser implantados, há dois anos, o número de apicultores e de colmeias duplicou. “A apicultura é uma atividade que tem parceiros que acreditam, apostam, e os resultados aparecem. Se não fosse o trabalho da Codevasf, não estaríamos tão avançados. Ela trabalha aqui no Velho Chico com uma parte fundamental, que é a distribuição de kits de apicultura. Tem esse papel importante na parte da infraestrutura”, diz.
“Isso leva a uma qualidade de mel melhor porque os apicultores trabalham com equipamentos novos e de boa qualidade. E também possibilita um acréscimo de produtividade porque aumentou o número de colmeias. É um investimento que não é tão grande assim e que tem um impacto muito grande na vida das pessoas. Fundifran, Sebrae e Governo do Estado são outros parceiros importantes. Quando a gente consegue unir esses parceiros, cada um contribuindo em suas áreas, o resultado é positivo”, enaltece Gilmário Mendes.
Desde 2012, a Codevasf está investindo aproximadamente R$ 4,3 milhões para apoiar ações relacionadas à apicultura no Médio São Francisco baiano, na área de atuação da sua 2ª Superintendência Regional. Os recursos fazem parte do eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria e são oriundos da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI). Foram implantados mil kits de apicultura, um por família, para associações de agricultores familiares de 19 municípios – um investimento de R$ 3,1 milhões. Já na aquisição de equipamentos para beneficiamento de mel e cera, cujos processos de instalação estão em tramitação, o investimento é de R$ 1,1 milhão.
Veja fotografias ilustrativas no perfil da Codevasf no Flickr:
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