segunda-feira, 10 de agosto de 2015

"Veja" reitera pedido de desculpas a Romário por uso de documento falso em reportagem

Redação Portal IMPRENSA 10/08/2015 10:00

Após reconhecer que era falso o extrato de uma conta na Suíça no valor de R$ 7,5 milhões em nome do senador e ex-jogador de futebol Romário Faria (PSB-RJ), a revista Veja publicou, na edição desta semana, um texto no qual reitera o pedido de desculpas e reforça que continuará apurando o episódio.

Crédito:Agência Brasil
Revista promete apurar erro em reportagem sobre Romário
A publicação destaca que está a pouco mais de três anos de completar 50 anos de existência, "período em que se firmou como fonte de informação confiável e de qualidade para seus milhões de leitores".

Veja diz ainda que alcançou "invejável" nível de credibilidade e influência no país com apurações corretas, mas também por reconhecer seus erros. "O caso do extrato falso de Romário não pode ser encerrado apenas com o reconhecimento do erro e um pedido de desculpas", escreve.
 
A revista informa que investigará o caso em duas frentes. A primeira, internamente, ao revisar detalhes do processo que resultou na publicação do extrato. Já a segunda, externamente, com repórteres que tentam descobrir de que maneira e com que objetivo o documento foi adulterado. 

"Entender a dimensão do nosso erro implica também esclarecer as ações de pessoas antes e depois da publicação do extrato. As autoridades suíças serão de grande valia nessa tarefa. Nada disso, porém, nos exime do pedido de desculpas que fizemos ao ex-craque e aos nossos leitores em Veja on-line e que aqui, com toda a sinceridade, repetimos", acrescenta.

O caso

O extrato de uma conta no BSI foi utilizado em reportagem da revista para acusar o senador de não declarar o valor ao fisco. Logo depois da publicação, Romário desmentiu as informações e cobrou retratação da Veja, ameaçando processar os responsáveis pelo texto

O ex-jogador chegou a ir à Suiça para pedir ao BSI um documento que comprovasse o erro da publicação. A declaração foi publicada no site dele, onde a instituição informa que solicitou uma apuração do Ministério Público de Genebra sobre o fato, que classifica de “grave delito penal”.

Romário também publicou uma imagem do documento em sua página no Facebook e comentou o caso. "Diante dessas provas, enterramos, definitivamente, qualquer mentira sobre o assunto. Os falsificadores, mentirosos e caluniadores responderão à justiça brasileira e suíça", escreveu.

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