sábado, 21 de julho de 2012

China, Alemanha e Brasil: os mais otimistas com a economia



Por Marco Antonio L.
Do O Outro Lado da Notícia
Gregor Peter Schmitz, Spiegel, Alemanha
Traduzido pela Vila Vudu
A pesquisa descobriu que só em quatro países, em todo o mundo, em 2012, a maioria dos entrevistados declarou-se feliz e otimista quanto à situação econômica em que vivem: China (83%), Alemanha (73%), Brasil (65%) e Turquia (57%).
Pesquisa do Instituto Pew recentemente divulgada[1] detectou acentuado declínio no apoio ao capitalismo, em todo o mundo.
A crise da economia global atingiu milhões e exatamente onde mais dói: no bolso. Mas pesquisa divulgada na 5ª-feira, pelo Centro de Pesquisa e Instituto Pew, com sede nos EUA, descobriu que a crise abalou profundamente a fé dos eleitores nos governos liberais e na economia de livre mercado em geral.

Em todo o mundo, homens e mulheres preocupam-se com o estado de suas respectivas economias nacionais. A pesquisa, que entrevistou 26 mil pessoas em 21 países, descobriu que apenas 27% dos respondentes declararam-se felizes com a própria situação econômicas em seus respectivos países.

A pesquisa descobriu que só em quatro países, em todo o mundo, a maioria dos entrevistados declarou-se feliz e otimista quanto à situação econômica em que vivem: China (83%), Alemanha (73%), Brasil (65%) e Turquia (57%).

Comparados aos resultados de pesquisa semelhante feita em 2008 – antes, portanto, de a crise das finanças globais ter-se alastrado pelo planeta –, os resultados da pesquisa de 2012 constatou acentuado declínio da confiança no sistema liberal de livre mercado. Resultados semelhantes encontram-se também se se comparam os números de 2008 e 2012, na avaliação do modelo capitalista global. Em 11 dos 21 países pesquisados, só metade dos respondentes disseram acreditar que a economia de livre mercado pode levar a aumentar os níveis de bem-estar social geral.

A quebra na confiança é especialmente acentuada em países mais fortemente impactados pela crise do euro, ainda sem solução à vista. Na Itália, a confiança diminuiu 23%; na Espanha, 20%. Nesses dois países houve acentuada queda no número dos que dizem acreditar que o ‘trabalho duro’ pode levar à prosperidade.

Otimismo crescente nas economias emergentes

A pesquisa identificou acentuada diferença entre o sentimento de otimismo, predominante em economias emergentes (Brasil, China, Índia e Turquia) e a atitude cada dia mais pessimista constatada na Europa, no Japão e nos EUA. Menos de 1/3 dos norte-americanos consideraram “verdadeira” a afirmativa de que a economia dos EUA vai bem. Entre os países europeus, a proporção média de pessoas que entendem que suas respectivas economias nacionais vão bem é de apenas 16%; e no Japão esse número cai para apenas 7%.

Além disso, a pesquisa descobriu também que apenas 1, de cada 10 europeus ou japoneses, acredita que seus filhos conseguirão alcançar alguma prosperidade ou melhores salários. Na China, esse número aparece multiplicado por quase 6: 57% dos chineses estão convencidos de que seus filhos conseguirão progredir socialmente sem dificuldades.

A pesquisa também descobriu que os cidadãos desiludidos, em todo o planeta, foram perdendo a confiança nos respectivos governantes durante a crise. Em 16 dos 21 países pesquisados, a maioria dos respondentes declarou os políticos eleitos como principais responsáveis pela atual situação de mal-estar econômico.
[1] A pesquisa do Instituto Pew pode ser lida em http://www.pewglobal.org/2012/07/12/pervasive-gloom-about-the-world-economy/ (em inglês) [NTs]

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