Com salário médio de R$ 4.135,06, o pessoal assalariado de nível superior, no Brasil, apresenta-se 219,4% acima do pessoal sem nível superior, cuja média salarial é de R$ 1.294,70. Mas é a diferença de crescimento entre os dois níveis de assalariados (8,5%, com nível superior, contra 4,4% sem nível superior) que traduz melhor o interesse crescente do mercado empregador em contratar pessoal desse nível.
IBGE
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O CEMPRE reúne informações cadastrais e econômicas de empresas e outras organizações (administração pública, entidades sem fins lucrativos, pessoas físicas e instituições extraterritoriais), formalmente constituídas, presentes no país, e suas respectivas unidades locais (endereços de atuação das empresas e outras organizações). A publicação completa está disponível na página
Comércio lidera no pessoal ocupado assalariado pelo segundo ano
Eletricidade e Gás paga o maior salário médio mensal: R$ 5.567,73
Os maiores salários médios mensais foram pagos por Eletricidade e gás (R$ 5.567,73), seguido por Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (R$ 4.213,65), enquanto os menores foram pagos porAlojamento e alimentação (R$ 858,92) e Atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.110,16).
Nível superior paga R$ 4.135,06 e participação relativa é de 17,1%
Na análise do pessoal ocupado assalariado segundo o nível de escolaridade, 82,9% não tinha nível superior e 17,1% tinha, com percentuais respectivos de crescimento de 4,4% e 8,5%. A participação relativa aumentou 0,6 ponto percentual, entre 2010 e 2011, passando de 16,5% para 17,1%. No ano anterior, o aumento do pessoal ocupado com nível superior havia sido de 7,6%.
A diferença salarial chega a 219,4%: para o nível superior, o salário médio é de R$ 4.135,06 e, sem nível superior, R$ 1.294,70.
Homens recebem 25,7% a mais que mulheres
Quanto ao sexo, o aumento do número de mulheres, entre 2010 e 2011, foi superior ao de homens, 5,7% e 4,7%, respectivamente, mas os homens continuam a predominar, numericamente (57,7% contra 42,3%) e continuam a ganhar mais: em média, R$ 1.962,97, 25,7% a mais do que a média recebida pelas mulheres (R$ 1.561,12). As mulheres receberam o equivalente a 79,5% dos salários dos homens, porém seus salários médios tiveram um aumento real ligeiramente superior: 2,5% contra 2,4%.
Salários mensais nas Indústrias extrativas cresceram 37,5%
Os salários médios mensais cresceram 8,7%, em termos reais, entre 2008 e 2011. Em 12 das 20 atividades analisadas, o aumento foi acima da média (8,7%), destacando-se Indústrias extrativas (37,5%), Artes, cultura, esporte e recreação (23,9%) e Construção (20,1%). Atividades administrativas e serviços relacionados eComércio, atividades que, tal como Construção se destacaram na geração de novas ocupações, também apresentaram aumentos reais acima da média, 16,5% e 15,2%, respectivamente. Por sua vez, os salários dasIndústrias de transformação e da Administração pública, defesa e seguridade social aumentaram abaixo da média, 7,8% e 5,3%, respectivamente.
Entre 2008 e 2011, foram gerados 6,8 milhões de novos vínculos formais
O pessoal assalariado passou de 38,4 milhões para 45,2 milhões. entre 2008 e 2011, o que representa um saldo de 6,8 milhões. Deste, 46,8% foram gerados em três seções: 21,8% na seção Comércio, 13,2% emConstrução e 11,8% em Atividades administrativas e serviços complementares.
Comércio lidera geração de emprego em todas as regiões
Entre 2008 e 2011, foram gerados nas Regiões Nordeste e Norte, 1,6 milhão e 463,0 mil de novos vínculos empregatícios, respectivamente, com destaque para as atividades de Comércio, com 21,7% e 20,8%, e de Construção, 20,2% e 15,4% e Administração Pública, com 10,7% e 11,6%, respectivamente. Na Região Sudeste foi gerado um saldo de 3,1 milhões de novos vínculos, sendo 21,7% no Comércio, 14,4% em Atividades Administrativas e 10,7% em Construção. Na Região Sul, com geração de 1,0 milhão de novos assalariados, os destaques ficaram com Comércio, 24,2%, Indústria de Transformação, 18,12% e Atividades administrativas, 12,1%. Na Região Centro-Oeste, foram criados 577,6 mil novos vínculos, sendo as principais atividades responsáveis pela geração desses novos assalariados: Comércio, 21,6%, Atividades Administrativas, 11,9% e Saúde humana e serviços sociais, 11,7%.
Administração Pública apresentou queda de participação em todos os municípios das capitais e Construção, o maior ganho
Os municípios que obtiveram as maiores perdas de participação de pessoal assalariado, em Administração pública, defesa e seguridade social, foram: Palmas (-13,6 p. percentuais), Porto Velho (-12,2 pp), Manaus (-11,1 pp), Recife (-9,3 pp) e São Luis (-7,3pp), que são municípios de unidades das regiões Norte e Nordeste, onde a participação da Administração Pública costuma ser mais alta. Já Construção foi a atividade que mais se destacou em termos de ganhos de participação. Apenas Vitória apresentou queda na participação dessa atividade (-0,6 pp). Os maiores ganhos de participação foram apresentados em Porto Velho (+14,8 pp), Maceió (+5,9 pp), Fortaleza e Salvador (+3,9 pp) e São Luís (+3,8 pp), capitais onde a atividade de Construção foi a maior responsável pela geração de novos assalariados.
Salários maiores no Sul, SE e Distrito Federal, mas crescem mais no Norte e NE
Com relação aos salários dos municípios das capitais, observa-se que os localizados nas Regiões Sul e Sudeste, além do Distrito Federal, apresentaram os maiores valores reais, tanto em 2008 como em 2011, enquanto os localizados nas Regiões Norte e Nordeste do País apresentaram os menores valores. Contudo, foi possível observar que o crescimento do salário real foi mais elevado nos municípios das capitais das Regiões Norte e do Nordeste do País e mais baixo no Distrito Federal e nos municípios das capitais da Região Sudeste. Apesar de terem apresentado os maiores crescimentos, os salários nas capitais da Região Nordeste ainda permaneceram os mais baixos.
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