Os embaixadores da União Européia realizaram uma reunião com o presidente libanês, Michel Sleiman, na última sexta-feira (18), durante o qual eles prometeram um apoio adicional para o Líbano por acolher os refugiados sírios.
A embaixadora da UE, Angelina Eichhorst, disse após as negociações que " 70 milhões serão doados pelo ECHO, agência humanitária da UE, para ajudar os refugiados mais pobres durante o inverno".
Ela explicou, que a contribuição irá cobrir todas as necessidades identificadas para os mais pobres refugiados sírios durante o inverno.
A assistência será realizada a partir de novembro de 2013 a março de 2014 e será dedicada a 90.000 famílias que vivem em uma altitude acima de 500 metros acima do nível do mar e / ou nos "assentamentos informais" de tendas. E para 10% entre as famílias sírias vulneráveis que vivem abaixo de 500 m.
"Estamos fazendo esforços para ajudar a atender as necessidades urgentes dos refugiados, através da ajuda humanitária e o desenvolvimento de infra-estrutura e serviços básicos ", acrescentou Eichhorst.
" A União Européia também saúda os esforços dos serviços de segurança, incluindo o exército, que estão realizando o seu mandato em circunstâncias difíceis", ressaltou.
Mas apesar da doação, muitos libaneses afirmaram, que esse dinheiro é muito pouco, para o número de refugiados sírios que há no Líbano, que já ultrapassou um milhão de pessoas. Além do mais, é um valor considerado baixo, já que doado pela União Européia. Outros ainda questionaram, se essa ajuda realmente chegará até os refugiados.
Mas segundo a embaixadora, a UE é a maior parceira comercial do Líbano e a maior doadora, com 1,3 bilhões de dólares, em doações e empréstimos em curso, desde o início da guerra na Síria.
O presidente do Líbano, agradeceu aos esforços da União Européia, mas lamentou que a comunidade internacional não colaborou suficientemente, com a crise do Líbano.
" Devemos seguir o mecanismo de financiamento, através do apoio do Banco Mundial ", disse ele referindo-se a uma série de promessas feitas em um grupo de apoio internacional em uma reunião realizada em Nova York no mês passado.
O Banco Mundial disse em um relatório que o transbordamento da guerra da Síria custou bilhões de dólares para o Líbano, o que feriu profundamente a sua economia e fez com que os serviços sociais piorassem, tanto na área da saúde, como educação e energia elétrica.
Chadia Kobeissi
Gazeta de Beirute
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