- 19/12/2014 12h41
- Brasília
Luana Lourenço – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
Apenas 7% dos brasileiros leem jornais todos os dias, mas o veículo de comunicação continua sendo o mais confiável na avaliação dos leitores. A conclusão está na Pesquisa Brasileira de Mídia 2015, divulgada hoje (19) pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).
De acordo com o levantamento, 76% dos brasileiros afirmam não ter o hábito de ler jornais, 21% leem pelo menos um dia por semana e somente 7% são leitores diários desse tipo de mídia.
Na avaliação do nível de confiança, os jornais lideram a pesquisa com 58% de leitores que confiam sempre ou muitas vezes nas informações veiculadas. O percentual é maior que o da TV (54%), o do rádio (52%), o das revistas (44%) e o das notícias de sites (30%).
A proporção de leitores de jornais é maior entre os homens, com maior renda e escolaridade e em municípios mais populosos.
Entre os leitores de jornais, 84% consomem o veículo em busca de informações. Os cadernos mais lidos são os de notícias locais/cidades/cotidiano (28%), esportes (24%), policial (16%), política brasileira (14%), classificados (12%), cultura e lazer (10%) e economia brasileira (10%).
Apesar da expansão do acesso à internet e das teorias sobre a substituição dos veículos impressos pelos sites de notícias, a pesquisa constatou que 79% dos leitores de jornais manuseiam o formato impresso, ante 10% que preferem a edição online e 4% que usam as duas plataformas.
Os números são semelhantes aos registrados entre os leitores de revistas: 70% leem a versão impressa, 12% preferem a versão online e 4% são leitores de ambos os formatos.
De acordo com o levantamento da Secom, as revistas são o veículo de comunicação com menor presença no dia a dia dos brasileiros. Os dados de frequência de uso revelaram que 85% não costumam ler revistas e somente 13% leem uma vez por semana ou mais.
A escolha desse meio de comunicação é mais comum entre mulheres 16% leem pelo menos uma vez por semana, ante 11% de homens que leem com a mesma frequência. A variação é expressiva quando a análise é feita com base na renda: entre os que têm renda familiar mensal até um salário-mínimo, a proporção de leitores de revistas é 6%. Já entre os famílias que recebem mais de cinco salários-mínimos, a proporção sobe para 29%.
Jornais e revistas têm outra característica em comum em relação aos hábitos dos leitores: nos dois veículos, o grau de atenção durante a leitura é alto. De acordo com a pesquisa, 50% dos leitores de jornais e 46% dos de revistas não fazem outra atividade enquanto estão concentrados na leitura.
O levantamento da Secom ouviu 18 mil pessoas e traçou um perfil do consumo de informações nas diferentes mídias. A amostra foi definida com base em dados do Censo de 2010 e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2011. A coleta de dados e o processamento das informações foram feitos pelo Ibope Inteligência.
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