Síntese de Indicadores Sociais demonstra avanços entre 2004 e 2013, situações de desigualdade ainda a serem superadas em questões como trabalho e renda de homens e mulheres e acesso a educação
por Redação RBA publicado 17/12/2014 14:01, última modificação 17/12/2014 15:50
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MAOSAOBRA / REPRODUÇÃO
Apesar de exercerem atividades iguais, mulheres ainda têm renda menor que homens, mas diferença decresce
São Paulo – O mercado de trabalho continua sendo umcampo de desigualdade entre homens e mulheres – apesar das melhorias apresentadas por esses indicadores na última década, segundo a Síntese dos Indicadores Sociais (SIS)2014, do IBGE. O estudo, divulgado hoje (17), apurou uma redução expressiva no nível de desocupação entre população feminina – de 11,5% em 2004 para 8,3% em 2013. Mas o índice entre as mulheres ainda é muito maior que entre os homens, que caiu de 6,6% para 4,6% no período. Na média geral, o nível de desocupação estava em 6,4% em 2013, apresentando redução superior a dois pontos percentuais em nove anos.
O rendimento médio dos homens em 2013 apresentou crescimento menor que o das mulheres em relação a 2004 (41,5% a 48,9%). Entretanto, os ganhos mensais apurados entre a população ocupada feminina ainda perdem feio para os da masculina: na média, R$ 1.605 a R$ 1.278, diferença de 43%.
Outro aspecto da desigualdade de gênero que evoluiu, sem ainda eliminar a situação de contraste, está na conjugação entre jornada de trabalho e afazeres domésticos. Entre as mulheres ocupadas de 16 anos ou mais,quase nove em cada dez (88%) realizavam afazeres domésticos, enquanto, entre os homens, esse percentual erainferior à metade (46%).
As mulheres tinham uma jornada média em afazeres domésticos mais que o dobro da observada para os homens (20,6 horas semanais). Considerando a jornada no mercado de trabalho e aquela com a realização de afazeres domésticos, a jornada feminina semanal era de 56,4 horas, superior em quase cinco horas à masculina.
Escolaridade
A escolaridade média da população de 25 anos ou mais aumentou de 6,4 para 7,7 anos de estudo, segundo a pesquisa. Entre os 20% de brasileiros dessa faixa etária com rendimento menor, a melhora no indicador educacional foi mais significativa: esse segmento ampliou de 3,7 para 5,4 o número de anos de estudo.
A proporção de pessoas com 25 a 34 anos com ensino superior praticamente dobrou nesse intervalo de nove anos, passando de 8,1% para 15,2%. No mesmo período, aumentou também o acesso à faculdade dos estratosmais baixos de de renda. Em 2004, apenas 1,4% dos estudantes do ensino superior pertencentes aos 20% mais pobres frequentavam universidades públicas. Em 2013, essa proporção chegou a 7,2%.
No ensino fundamental, os estudantes de 13 a 16 anos de idade situados entre os 20% mais pobres possuíamem 2013 taxa de distorção idade-série 3,3 vezes maior do que a taxa dos 20% mais ricos. Em 2004, porém, a distância entre essas taxas para o 1° quinto e o 5° quinto contingente de renda era ainda maior (4,3 vezes).
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