quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Assentadas gaúchas se organizam para comercializar produção

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quarta-feira, 28 Janeiro, 2015 - 10:15
Foto: Tamires Koop/MDA
“Quando você forma um grupo, o horizonte é melhor”, garante a coordenadora do Grupo Mulheres da Terra, Isabel Cristina. Moradora do Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão (RS). Ela e outras trabalhadoras rurais da região se organizaram para ter uma vida melhor no campo. Para conquistar mais autonomia e renda, comercializam hortaliças, legumes, pães e biscoitos em feiras no estado.
Segundo Isabel Cristina, a iniciativa aumentou a força das mulheres. “Uma andorinha só não faz verão. Um grupo tem maior eficácia na hora de bater na porta de um mercado para oferecer alimentos, até porque unidas temos mais produtos para fornecer”, observa.
Juntas, também conseguiram qualificar a produção, acessando políticas públicas do Governo Federal. “Conseguimos o Apoio Mulher e focamos o recurso para a compra de mangueiras para irrigação. Aumentou a nossa produção e melhorou a vida das famílias”, conta a assentada Seleni de Lima. Ela acessou o crédito destinado para fomentar atividades produtivas articuladas por grupos de assentadas. 
Crédito
Implantado em 2008, o crédito Apoio Mulher é uma das modalidades de crédito oferecidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). 
O Governo Federal também auxilia as trabalhadoras rurais no escoamento da produção. Parte dos produtos feitos pelas Mulheres da Terra é comercializada para programas de compras governamentais. “Já produzimos sabendo que vamos vender para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), então temos muito mais segurança, além da certeza de que não ficaremos na mão”, avalia Isabel Cristina.
Para ela, porém, o mais importante é ofertar ao consumidores produtos saudáveis e de qualidade. “Ser agricultora é uma honra e trabalhar com produtos saudáveis é melhor ainda. Minha filha, que tem 10 anos, pode pegar o morango na horta e colocar direto na boca. E não é só ela, pois, como agricultora familiar, posso expandir isso para outras pessoas”, conclui.
João Paulo Biage
Ascom/MDA


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