Nada é para sempre. Nem a superfície física da Terra. Já houve uma época em que tínhamos um único supercontinente. Daqui a 200 milhões de anos, ele provavelmente será recomposto, com um oceano no meio
Patrick McKeever
Patrick McKeever

Terra Mutável: Há 200 milhões de anos.
Estamos habituados à visão da Terra a partir do espaço. Mas ela não foi sempre assim nem ficará assim no futuro. Se a observássemos da Lua, há 80 milhões de anos, teríamos visto a Índia suspensa no meio do Oceano Índico e a Austrália colada na Antártida. Isso ocorre porque os continentes estão em movimento perpétuo.
Há 200 milhões de anos, não reconheceríamos o planeta. Em vez dos continentes familiares de hoje, veríamos o supercontinente Pangea (“Toda a terra”, em grego) cercado por um único oceano. A fratura do Pangea teve inpacto considerável sobre o clima, pois uma passagem oceânica se abriu entre as duas massas de terra separadas, a Laurásia e a Gondwana.
No futuro, a superfície da Terra continuará a mudar. Hoje, a África está se “rasgando” embaixo da linha do Vale do Rift. Esse sistema de falhas geológicas se formou por cerca de 30 milhões de anos, conforme as placas Africana-Núbia, Africana-Somaliana e Arábica se afastavam. O processo já produziu a formação de uma cadeia de vulcões, que inclui os montes Kilimanjaro e Quênia. O Vale do Rift tem, em média, 48 km a 64 km de largura e se estende por 6.400 km, desde a Jordânia até Moçambique. Num futuro geológico não muito distante, um oceano começará a surgir ali. Foi por um processo parecido que a Austrália se separou da Antártida.
A Europa e a América do Norte continuarão a se afastar à medida que o Oceano Atlântico se alargar. As placas Eurasiana e Norte-Americana se encontram no meio do Atlântico. Elas são divergentes, ou seja, afastam-se uma da outra. Esse processo formou a cordilheira Dorsal Mesoatlântica, uma cadeia submarina de montanhas cujo cume emerge da água, bem no meio do Atlântico, em uma linha de vulcões formada pelas ilhas do arquipélago dos Açores.
Se olharmos daqui a 200 milhões de anos, veremos um novo Pangea se formando, com uma bacia oceânica no centro. Daqui a 500 milhões de anos, a Terra ficará quente demais para sustentar a vida humana e toda a água da superfície terá evaporado. Isso ocorrerá porque o Sol se torna mais quente conforme envelhece. Daqui a cerca de 5 bilhões de anos, esse processo fará o Sol se expandir a ponto de engolfar a Terra. Esse será o fim da história.
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