Publicado ontem às 16h00 por Arthur Vivaqua
Demissões, reestruturação, cortes, enxugamento. Palavras como estas se tornaram frequentes em notícias envolvendo os bastidores das emissoras de TV, antes conhecidas somente pelas cifras bilionárias de suas produções.
Dos menores aos maiores, todos os canais parecem estar preocupados com o ano de 2015, encarado com desconfiança por diversos setores da economia, e vêm tomando medidas drásticas para enfrentá-lo.
Para ajudar você a entender o porquê deste temor, o RD1 elencou os três principais fatores que estão levando Globo & Cia a repensar investimentos, adotar novas políticas e, principalmente, pôr cadeados em seus cofres.
Confira:
O Cenário Político
Embora fosse uma ‘exigência’ do próprio mercado, a mudança de comando do Ministério da Fazenda gera incertezas em relação ao panorama econômico do país e, consequentemente, inibe investimentos.
Segundo especialistas da área, as grandes empresas permanecerão alguns meses agindo de forma conservadora, sem se expôr a riscos, enquanto aguardam pelas mudanças que possivelmente serão promovidas pelo próximo ministro.
A cautela das grandes marcas atingirá diretamente a publicidade – elas investirão menos no setor -, que é justamente a grande fonte de renda das emissoras de TV.
O Pós-Copa
A Copa do Mundo representou um boom de faturamento publicitário para a TV, já que todas as grandes empresas queriam ver suas marcas envolvidas na festividade em torno do evento.
O enorme investimento realizado durante o torneio, porém, agora precisa ser recuperado, o que deve gerar alguns meses de ‘pé no freio’ por parte dos anunciantes.
Além disso, a vexatória derrota da seleção brasileira acabou transformando a Copa numa lembrança negativa, fato que prejudicou as estratégias de marketing dos publicitários e, consequentemente, os levou a optar por um período de ‘recolhimento’ de suas marcas.
O Pré-Olimpíada
Enquanto a sombra da Copa do Mundo inibe o mercado, a perspectiva dos Jogos Olímpicos de 2016 o leva a visar desde já quais serão os investimentos feitos durante a competição.
Graças à ocorrência de dois gigantescos eventos esportivos no Brasil, 2015 acabou se tornando um ‘sanduíche’ e sendo alvo de uma situação inglória: além de se recuperarem do dinheiro gasto na Copa, os anunciantes querem economizar visando a Olimpíada.
Devido à aparente falta de grandes acontecimentos no ano que vem, o mercado publicitário se prepara para investir pouco num ano que, até agora, é alvo de previsões econômicas sombrias.
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