6 de janeiro de 2015 | 23:17 Autor: Fernando Brito
O mundo vive a maior tensão econômica desde 2008, com a queda de braço entre os produtores de petróleo convencional e o “fracking” do xisto que ameaça romper o equilíbrio energético do planeta.
O que está acontecendo com esta indústria, que só não quebrou porque seus contratos de hedge aliviam sua situação por algum tempo, tem as proporções de hecatombe, não só na economia mas no meio ambiente, porque torna inviável financeiramente a produção de energia limpa, que é cara.
Em três meses, o preço mundial do petróleo caiu mais de 50%.
Ontem, queda de 6%. Hoje, mais queda, quase igual.
E o que faz O Globo?
Zumbe como uma mosca em volta da Petrobras.
Poderia ser traduzida como “Vendam, entreguem, façam algo para se livrar deste mico”, não é?
E se não é viável para a empresa que já detém quase toda a outorga para explorar as jazidas conhecidas (ou semiconhecidas) da área, também não seria para as outras petroleiras?
A leitura da matéria mostra que nenhum dos especialistas consultados acha que é inviável a exploração do pré-sal, obvio.
Porque não é.
E não é desastroso para a Petrobras, mais que para outras petroleiras, a queda no preço do petróleo, porque a curva de produção está apenas no início de elevação, com pico a daqui a mais de cinco anos.
A queda do preço permite conjugar, sem traumas, a elevação do dólar com a não-elevação do preço ao consumidor, internamente, aliviando suas pressões de caixa.
E, muito ao contrário, leiloar áreas do pré-sal, agora, seria entregar a preço de banana o que, ninguém tem dúvidas, vai coltar aos altos patamares de preço que tinha antes.
É tudo o que o Globo quer.
O Globo é a mais perfeita tradução da raposa que não alcançou as uvas.
Estavam verdes, aquelas porcarias, não é?
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