SÃO PAULO - A continuidade das chuvas na semana passada sobre a maior parte das regiões produtoras de café do Sudeste e do Paraná prejudicou a colheita e secagem dos grãos. Além disso, com os longos períodos de alta umidade, as condições foram muito favoráveis à ocorrência de doenças fúngicas, de acordo com boletim da Somar Meteorologia.
Assim, muitos grãos em fase adiantada de maturação já começam a apresentar problemas com mofos, o que deprecia a qualidade, uma vez que acelera o processo de maturação e consequentemente os processos de fermentação. Outro problema são os grãos que estavam no terreiro em processo de secagem. Mesmo passando pelos secadores, a qualidade da bebida não será a mesma, pois o excesso de umidade acelera o processo de fermentação. Com duas semanas bastante chuvosas em junho, a colheita seguiu lenta. Até agora somente 13 dias foram favoráveis à plena realização da colheita. Dessa maneira, apenas 27% da safra de café já foi colhida, valor inferior ao mesmo período do ano passado, segundo a Somar.
No Paraná, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, a estimativa é de que 20% a 30% da produção de café tenha caído das plantas diante das chuvas, o que vai afetar a qualidade do café. Desde o fim de semana, a região norte, uma das principais produtoras do Estado não recebeu chuva, o que possibilitou a retomada da colheita em alguns locais.
Para essa semana, um bloqueio atmosférico deve manter o tempo firme e sem previsão de chuvas para os próximos 10 dias. E mesmo com a presença de uma massa de ar polar sobre a região Sudeste, não há previsão de geadas para os próximos dias, com as temperaturas mínimas oscilando entre 11 e 15 graus, dependendo da região.
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