Entre 2005 e 2011, a população de 10 anos ou mais de idade cresceu 9,7%, enquanto que o contingente de pessoas nessa faixa etária que utilizaram a internet aumentou 143,8% e o das que tinham telefone móvel celular para uso pessoal cresceu 107,2%. É o que mostram os resultados do suplemento “Acesso à internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal” da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2011.
IBGE
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Na análise da escolaridade dos internautas, observou-se que, de 2005 para 2011, no grupo dos sem instrução e com menos de quatro anos de estudo, o percentual passou de 2,5% para 11,8%. No mesmo período, no grupo com 15 ou mais anos de estudo, a estimativa aumentou de 76,1% para 90,2%.
Em 2011, 115,4 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade (69,1%) tinham telefone móvel celular para uso pessoal (contra 55,7 milhões, ou 36,6% do total nessa faixa etária, em 2005).
O percentual de mulheres que tinham telefone móvel celular para uso pessoal ultrapassou o de homens pela primeira vez em 2011: 69,5% das mulheres (60,3 milhões) tinham o aparelho, contra 68,7% dos homens (55,2 milhões).
Todos os resultados do suplemento da PNAD 2011 de “Acesso à internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal” podem ser acessados no link: clique.
Em 2011, 46,5% das pessoas de 10 anos ou mais de idade acessaram a internet
De 2005 para 2011, o contingente de pessoas que usaram a internet ao menos uma vez nos três meses anteriores à coleta da PNAD (que ocorreu no último trimestre de 2011) aumentou 143,8%, ou seja, em seis anos o número de internautas no país cresceu 45,8 milhões, chegando a 77,7 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade (46,5% do total) em 2011. Em 2009, o número de internautas foi estimado em 67,7 milhões, representando 41,6% da população alvo. Nos anos de 2008 e 2005, estes totais foram estimados em 55,7 milhões (34,7% dessa população) e 31,9 milhões (20,9%), respectivamente.
Em 2011, mais de um terço população de 10 anos ou mais de idade das regiões Norte e Nordeste havia acessado a internet, ante pouco mais de um décimo em 2005. Em 2011, mais da metade da população do Sudeste (54,2%), do Centro-Oeste (53,1%) e do Sul (50,1%) tinham acessado a internet, contra 26,2%, 23,4% e 25,5% em 2005, respectivamente. Entre as unidades da Federação, os maiores percentuais de acessos foram registrados no Distrito Federal (71,1%), São Paulo (59,5%) e Rio de Janeiro (54,4%) e os menores no Maranhão (24,1%), Piauí (24,2%) e Pará (30,7%).
Percentual de internautas ainda é maior entre jovens
Em 2011, o acesso à internet continuou sendo maior entre os jovens: os grupos etários de 15 a 17 anos (74,1%) e de 18 ou 19 anos de idade (71,8%) já tinham sido apontados, nos anos anteriores da pesquisa, com os maiores percentuais de pessoas que acessaram a rede. De 2005 para 2008, o aumento da proporção de pessoas que acessaram a internet foi maior nos grupos com idades de 10 a 24 anos. Já de 2008 para 2011, o maior aumento se deu nos grupos etários de 25 a 39 anos de idade. Destaca-se também o aumento do percentual de pessoas de 50 anos ou mais de idade que acessavam a internet, de 7,3%, em 2005, para 18,4%, em 2011.
Acesso à internet chegou a 90,2% entre pessoas com 15 ou mais anos de estudo
Na análise da escolaridade dos internautas, observou-se que, de 2005 para 2011, no grupo dos sem instrução e com menos de quatro anos de estudo, o percentual passou de 2,5% para 11,8%. No mesmo período, no grupo com 15 ou mais anos de estudo, a estimativa aumentou de 76,1% para 90,2%.
A participação dos estudantes entre os que usaram a internet no período pesquisado diminuiu de 43,4% em 2005 para 35,1% em 2011. A redução é explicada, principalmente, por dois fatores: maior aumento de usuários entre os não estudantes (aumento de 179,7%); e queda de 3,2% observada no contingente total de estudantes – devido ao envelhecimento da população. Em 2011, do contingente de 37,5 milhões de estudantes com 10 anos ou mais de idade, 72,6% acessaram a internet, mais que o dobro do observado em 2005 (35,7%). O total de estudantes internautas aumentou em 13,4 milhões, ou seja, 97,1%. Entre os não-estudantes, os que acessaram a internet representavam 38,9% em 2011 e 15,9% em 2005.
Em 2011, dos 29,2 milhões de estudantes da rede pública, 19,2 milhões (65,8%) usaram a internet. Já entre os 8,4 milhões de estudantes da rede privada, 8,1 milhões (96,2%) usaram a internet. Em 2005, 24,1% dos estudantes da rede pública e 82,4% da rede privada utilizaram a internet.
Participação da população não ocupada no acesso à internet aumentou
Em 2011, das 77,7 milhões de pessoas que utilizaram a internet, 60,1% (46,7 milhões) trabalhavam e 39,9% (31,0 milhões), não trabalhavam. A comparação com 2005, quando das pessoas que acessaram a internet, 62,1% (19,8 milhões) estavam ocupadas e 37,9% (12,1 milhões) não estavam ocupadas, mostrou avanço da participação dos não ocupados entre aqueles que acessaram a internet. Em 2011, 89,3 milhões de pessoas não utilizaram a internet, 25,8% a menos que em 2005. A maior redução, de 30,2%, aconteceu entre os ocupados, contra uma redução de 20,3% dos não ocupados.
Em 2011, cerca de metade dos 93,5 milhões de trabalhadores (49,9% ou 46,7 milhões) utilizou a internet. Em 2005, esse percentual era de 22,8% (19,8 milhões).
A participação das pessoas não ocupadas que utilizaram a internet sofreu elevação significativa de 2005 para 2011: 18,4% em 2005 (12,1 milhões) para 42,2% (31,0 milhões) em 2011.
Proporção de internautas aumentou mais nas classes de rendimento mais baixo
A análise do perfil dos internautas por classe de rendimento mensal domiciliar per capita mostrou que o acesso à internet aumenta com a renda. Na série histórica, os percentuais de internautas aumentaram em todas as classes, especialmente nas de rendimento mais baixo: no grupo sem rendimento e com até ¼ de salário mínimo, o percentual de pessoas que acessaram a internet cresceu de 3,8% em 2005 para 21,4% em 2011; no grupo de mais de ¼ até metade do salário mínimo, ele foi de 7,8% para 30%, no grupo de ½ a um salário, de 15,8% para 39,5%. Observou-se, também, que, em todos os anos pesquisados, o percentual de internautas foi maior na classe de rendimento de três a cinco salários mínimos, ultrapassando, inclusive, a classe de cinco ou mais salários mínimos.
Contingente de pessoas com telefone celular no Nordeste cresceu 174,3% em seis anos
Enquanto a população de 10 anos ou mais de idade aumentou 9,7% entre 2005 e 2011, passando de 152,3 milhões de pessoas para 167,0 milhões, o contingente de pessoas de 10 anos ou mais de idade que tinham telefone móvel celular para uso pessoal aumentou de 55,7 milhões de pessoas com aparelhos (36,6%) em 2005 para 115,4 milhões (69,1%), indicando aumento de 107,2%.
Entre as regiões, três apresentaram aumento do contingente de pessoas que tinham telefone móvel celular menor que 100,0%: no Sul, 66,7% (7,1 milhões de pessoas); no Centro-Oeste, 88,1% (4,6 milhões) e no Sudeste, 95,8% (25,8 milhões). Já o Nordeste registrou crescimento de 174,3%, no contingente de pessoas que tinham telefone móvel celular no mesmo período (17,2 milhões) – o maior aumento dentre todas as grandes regiões -, seguida do Norte, com um crescimento de 166,7% (5,0 milhões).
Em 2011, o Distrito Federal (87,1%), o Rio Grande do Sul (76,9%) e Goiás (77,7%) apresentaram os maiores percentuais de pessoas que tinham telefone móvel celular entre a população de 10 anos ou mais de idade. Por outro lado, o Maranhão (45,2%), o Piauí (52,2%) e o Pará (57,2%) apresentaram os menores.
Percentual de mulheres com celular ultrapassou o dos homens
Em comparação com as estimativas de 2005, 2008 e 2009, o percentual de mulheres que tinham telefone móvel celular para uso pessoal ultrapassou o de homens pela primeira vez em 2011: 68,7% (55,2 milhões) e 69,5% (60,3 milhões), respectivamente para homens e mulheres. Em 2005, a estimativa em relação ao total da população havia sido de 36,9%, sendo de 38,0% para os homens e de 35,2% para as mulheres.
Proporção de pessoas com celular é maior na faixa de 30 a 34 anos de idade
Na análise etária, o percentual de detentores de aparelho móvel celular para uso pessoal crescia com o aumento da idade, partindo de 41,9%, na faixa de 10 a 14 anos de idade, e atingindo 83,2% no grupo 30 a 34 anos. A partir daqueles de 35 anos ou mais, notou-se decréscimo das proporções, chegando a 43,9% no grupo de pessoas de 60 anos ou mais. Contudo, foi nos grupos de 35 a 39 anos e de 40 a 44 anos que houve o maior ganho de participação, em torno de 37,0 pontos percentuais em seis anos.
Posse de telefone celular aumenta com a escolaridade
A investigação da posse do telefone móvel celular em função da escolaridade mostrou que o percentual de pessoas com aparelho aumentava com o nível de instrução, indo de 36,6% da população sem instrução e com menos de um ano de estudo até 94,7% da população com 15 ou mais anos de estudo. A relação se repetiu em todas as regiões do país; destaca-se que o Centro-Oeste teve a maior proporção de pessoas sem instrução e com menos de um ano de estudo que tinham telefone móvel celular: 52,2%.
89,8% das pessoas com rendimento entre 3 e 5 salários mínimos têm celular
O percentual de pessoas com posse de celular aumentou com as classes de rendimento mensal domiciliar per capita do grupo sem rendimento e com até ¼ de salário mínimo até o grupo de três a cinco salários mínimos. Em 2011, 41,0% das pessoas sem rendimento e com até ¼ de salário mínimo tinham celular, assim como 89,8% das pessoas com entre três e cinco salários mínimos e 82,7% das pessoas com rendimento acima de cinco salários mínimos.
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