Gabriel Mario Rodrigues, sócio da Anhanguera que comandará conselho após fusão com Kroton diz que Financiamento Estudantil (Fies) era o que grandes instituições precisavam
Cinthia Rodrigues
Cinthia Rodrigues
Em relação a política pública para o ensino superior a crítica do maior representante do setor é em relação a recém fechada parceria do Ministério da Educação (MEC) com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para regular novos cursos de Direito. “Precisava haver um relacionamento maior entre instituições ou entidades representantes, MEC e OAB para que possa ser feito de maneira adequada este exame. Acho que a forma como foi feita não é a mais saudável.”
Alunos serão “treinados” para Enade
Rodrigues comentou ainda que o grupo pretende implantar a partir do próximo semestre provas padronizadas que ocorram ao mesmo tempo em todas as unidades. A intenção é treinar os alunos para as avaliações do governo federal, como o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade ). “Este ano tem uma equipe criando provas de maneira que num curso de administração em todo o Brasil uma prova seja feita no mesmo dia. Aquela prova vai abranger o conteúdo dos dois semestres. Isso é uma coisa que vamos implantar depois da aprovação no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que precisa autorizar a fusão com a Kroton)”, contou.
Segundo ele, as avaliações padronizadas são tendência entre as instituições particulares. “As grandes instituições, não só a Anhanguera, estão criando provas que são feitas da mesma forma que são feitas as do Enade. É o modo de fazer a pergunta. Muitas vezes o aluno não entende o teor da pergunta e tem dificuldade de responder. Não é só a Anhanguera, todas estão fazendo, mudando a maneira de questionar. Na Abmes a gente fez um seminário sobre o assunto: não adiantava ensinar o aluno, adiantava ensinar o aluno a perceber como são feitas as perguntas.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário