247 - Vivendo um dos piores momentos de sua história, com credibilidade abalada, fechamento de revistas (leia aqui sobre Info), fuga de anunciantes e de leitores, a Editora Abril agora apela aos céus.
É o que faz Lya Luft, colunista de Veja, em sua "Oração da nau à deriva", publicada neste fim de semana.
"Dá-me, Senhor, uma tripulação competente, com alta perícia, que me tire destas dificuldades e me faça retornar ao que devo ser: um barco singrando águas promissoras, com possibilidade de sucesso", diz ela.
"Senhor, neste mar indeciso e muitas vezes encapelado em que estou perdida, dá-me alguma certeza de que existe uma rota firme e fixa, de que o trajeto correto é possível e de que no fim desse nevoeiro me espera uma luz positiva, uma luz boa, não apenas promessas e palavras vãs, mas realidades necessárias para que eu sobreviva com minha preciosa carga humana", diz ela.
O texto deixa no ar a dúvida: Luft discorre sobre o Brasil ou sobre a Abril? Como a edição de Veja desta semana aprova a indicação de Joaquim Levy para a Fazenda, que, segundo a revista, recolocaria o Brasil no rumo certo, resta a hipótese de que Veja esteja à deriva.
Isolada em seu golpismo, a revista dos Civita talvez tenha criado um universo paralelo, no qual apenas seus colaboradores e mais fanáticos seguidores acreditam.
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