Beneficiária do Bolsa Família e do Bolsa Verde, Luceildes Maciel planta
mandioca, milho, arroz e banana em áreas de capoeira no interior do Acre
Brasília, 13 – Para chegar até a comunidade onde a ribeirinha Luceildes Fernandes
Maciel, 38 anos, vive com a família, são quatro horas de barco a motor, partindo do
município de Mâncio Lima (AC). Mãe de quatro filhos, ela planta, junto com o marido,
milho, mandioca, arroz e banana. O rio Moa dá o peixe.
A família é beneficiária do Bolsa Família e do Bolsa Verde, programa do Plano Brasil
Sem Miséria que incentiva a conservação do meio ambiente e a melhoria das condições
de vida de quem vive da floresta. Luceildes recebe R$ 300 a cada três meses e planta
apenas em áreas de capoeira, distantes duas horas a pé de sua casa.
"Temos consciência de que, se desmatarmos, não teremos mais terra para cultivar
nossas plantações." Questionada se um dia ela pensa em sair da beira do rio Moa,
ela diz: “Nem pensar. Sou feliz aqui. Tenho tudo.”
Antes de entrar para o Bolsa Família, a família vivia apenas da agricultura.
"Tínhamos o alimento, mas precisávamos ir até a cidade tentar vender nossa
farinha de mandioca", conta ela. “A produção era pra comprar o que faltava.
Agora, podemos fazer compras na cidade sem preocupação."
Aos poucos, a ribeirinha melhorou sua casa de madeira. São três quartos,
todos com cama. Na sala, não faltam sofá e televisão; na cozinha, fogão,
geladeira e freezer. Luceildes conta que, com os benefícios, consegue
ajudar as duas filhas casadas. “Consegui comprar o enxoval dos meus
dois netos graças ao dinheiro do Bolsa Família.”
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sexta-feira, 14 de novembro de 2014
“Temos consciência de que, se desmatarmos, não teremos mais terra para cultivar nossas plantações”
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