20/11/2014 18:53
Com o Plano Brasil Sem Miséria, famílias melhoraram renda e
têm mais qualificação profissional e acesso à saúde e à educação
Brasília, 20 – O Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado nesta
quinta-feira (20), reforça a importância da articulação de políticas públicas
para a superação da extrema pobreza entre a população negra. Desde 2011,
quando foi criado o Plano Brasil Sem Miséria, mais de 17,1 milhões de negros
superaram a miséria. As ações do governo federal contribuem para
um resgate histórico, que melhora a renda das famílias e dá mais
acesso à saúde e à educação.
Estudo desenvolvido pelo MDS para avaliar a pobreza em uma visão
Estudo desenvolvido pelo MDS para avaliar a pobreza em uma visão
multidimensional, a partir de trabalhos desenvolvidos por técnicos do
Banco Mundial, aponta forte redução entre a população de negros e
indígenas, passando de 12,6% em 2002 para 1,7% em 2013. “A vida
dessas famílias, que por muito tempo foram excluídas da sociedade
pela raça, pela baixa renda e pela falta de oportunidades, está se
transformando para melhor”, observa a ministra do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Ela ressalta que,
entre os 14 milhões de famílias beneficiárias do Bolsa Família,
73% são negros e pardos.
Para o professor Joaquim Souza Ribeiro, 27 anos, da comunidade
Para o professor Joaquim Souza Ribeiro, 27 anos, da comunidade
quilombola Vão das Almas, a 80 quilômetros de Cavalcante (GO),
as políticas sociais mudaram, principalmente, a vida das crianças
que frequentam a escola. Ele ensina 20 alunos – todos beneficiários
do Bolsa Família.
Joaquim, que cresceu na comunidade quilombola, conta que só saiu
Joaquim, que cresceu na comunidade quilombola, conta que só saiu
de lá para concluir os estudos na cidade de Teresina de Goiás (GO).
Ele acredita num futuro mais desenvolvido e reconhece que o Bolsa
Família está ajudando no progresso de Vão das Almas. “Com o benefício,
ninguém mais tira os filhos da escola. Antes as crianças tinham que ajudar
na roça e paravam os estudos. Hoje eles não podem perder aula porque
têm Bolsa Família, que ainda ajuda os pais a comprar material.”
Outra mudança apontada por Joaquim é a merenda escolar, garantida
Outra mudança apontada por Joaquim é a merenda escolar, garantida
por meio dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e Nacional
de Alimentação Escolar (Pnae), do governo federal. Os lanches respeitam
o cardápio quilombola: quibebe de mandioca com carne, beiju com manteiga
e sucos de frutas do Cerrado. “Os meninos andam muito até a escola e
chegam com fome. Mas hoje estudam com a barriga cheia. Antes
até tinha merenda, mas era pouca”, diz.
A agricultora familiar, Dirani Francisco Maia, 46 anos, também vive no
A agricultora familiar, Dirani Francisco Maia, 46 anos, também vive no
quilombo goiano, e superou a pobreza com o auxílio do Bolsa Família.
Ela produz óleos de gergelim, mamona, pequi e coco para garantir o
sustento de sete filhos. Também planta mandioca, arroz e feijão.
Os filhos, diz ela, “só estudam e brincam”. “Eles não podem perder o
Os filhos, diz ela, “só estudam e brincam”. “Eles não podem perder o
estudo. Então tem hora que tiro do Bolsa Família o dinheiro para pagar
um trabalhador que me ajuda na roça”, explica ela, lembrando ainda que
a saúde das crianças melhorou muito nos últimos anos, com a visita
periódica do agente de saúde e o acompanhamento da carteira de vacinação.
“Antigamente existiam muitos tipos de doença. Hoje já não tem.
Até a gripe é mais fraca.”
Outras ações – Com o Brasil Sem Miséria, os negros também tiveram
Outras ações – Com o Brasil Sem Miséria, os negros também tiveram
oportunidades de empreender e melhorar a renda. Do total de
empreendedores do Cadastro Único que fizeram operações de
microcrédito produtivo do Programa Crescer, 77% são negros.
Eles também são mais de 680 mil entre os microempreendedores
individuais que formalizaram suas atividades.
Além disso, os negros têm a oportunidade de se qualificar com o
Além disso, os negros têm a oportunidade de se qualificar com o
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(Pronatec), voltado ao público do Brasil Sem Miséria. Eles representam
68% das mais de 1,5 milhão de matrículas no programa.
No campo, a população negra também está sendo incluída.
No campo, a população negra também está sendo incluída.
Nos programas Luz para Todos e Água para Todos, eles são
80% do total de beneficiários. E também tem participação expressiva
nos programas Bolsa Verde e de Fomento às Atividades Rurais.
Central de Atendimento do MDS:
0800-707-2003
Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa
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