sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Assistência técnica garante autonomia para trabalhadoras rurais em Sergipe


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quinta-feira, 22 Janeiro, 2015 - 10:30
Foto: Albino Oliveira/MDA
No sertão sergipano, na comunidade Lagoa da Volta, a 26 quilômetros de Porto da Folha (SE), 28 agricultoras familiares trabalham para garantir renda e qualidade de vida. Há cerca de oito anos, as mulheres formaram uma associação e acessaram os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). 
“Muita coisa melhorou, nos ajudou em todas as áreas. Aprendemos a qualificar a produção, a apicultura. Toda semana o técnico estava com a gente. Tínhamos até aula de administração”, conta a agricultora Maria Aparecida da Silva, 50 anos, coordenadora da Associação de Mulheres Resgatando sua História. O grupo recebeu atendimento de Ater para melhorar a produção agroecológica de mel, frutas, hortaliças, geleias e balas de banana. 
Hoje, as agricultoras contam com 13 colmeias e chegam a produzir 450 quilos de mel por ano. Os produtos são comercializados em feiras da região e na vizinhança. Conforme Maria Aparecida, a ideia é continuar crescendo. “Queremos agora aumentar nossa comercialização e conseguir um carro para fazer o transporte dos nossos produtos”, comenta Maria Aparecida ao salientar que a associação já conta com três cisternas, galinheiro e minhocário.
Outra conquista do grupo foi a ampliação das áreas de apicultura - com oito hectares - e de produção de frutas e hortaliças – com aproximadamente um hectare. “É uma questão de autonomia. Crescemos e ganhamos voz. Nós não tínhamos onde produzir, nem renda e agora temos nosso pedaço de terra, nosso chão”, comemora a agricultora familiar. 
Sustentabilidade
A associação foi finalista do Prêmio Mulheres Rurais que Produzem o Brasil Sustentável, concedido pela Secretaria de Política para as Mulheres (SPM) do Governo Federal. Elas são exemplo de mulheres rurais que contribuem para o desenvolvimento sustentável do Brasil, pois todos os produtos são cultivados sem uso de agrotóxicos. “Não quisemos mexer com venenos por questão de saúde. Não queríamos nos prejudicar e nem aqueles que consomem nossos produtos. Todos os nossos clientes sentem e comentam a diferença do nosso produto para o convencional”, destaca.

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