23 de fevereiro de 2015 às 12:12 por Josélia Pegorim
Segundo a Sabesp, o nível de armazenamento do Sistema Cantareira na manhã desta segunda-feira, 23 de fevereiro, estava em 10,6%, marca apenas 0,1% abaixo do valor da segunda cota de 10,7% do volume morto, que foi “emprestada” em 24 de outubro de 2014.
Tecnicamente estamos a 0,1% de pagar a primeira parte da dívida de água da reserva técnica das represas do Cantareira, ou volume morto, que foi disponibilizada para a população paulista em 2014, para protelar um racionamento amplo.
Foram “emprestadas” duas cotas de água do “volume morto” num total de 29,2%. A primeira, de 18,5% foi disponibilizada em meados de maio de 2014, mas efetivamente só começou a ser usada a partir de 12 de junho de 2014 quando houver o zeramento do volume útil do Cantareira.
Em 24 outubro de 2014 foi anunciado um novo “empréstimo” de água do “volume morto”, uma segunda cota de 10,7% da capacidade total. Em 23 de outubro de 2014, o nível do Cantareira era de apenas 3% de água do “volume morto”. Dos 18,5% que estavam sendo usados desde 12 de julho de 2014 só restavam 3%.
Até 23 de fevereiro de 2015 foram devolvidos 10,6% desta água,que era o nível do Cantareira neste dia.
Chuva acima da média
Não houve registro de chuva sobre o Cantareira e nem sobre o Guarapiranga entre os dias 21 e 23 de fevereiro de 2015. No Alto Tietê choveu apenas 0,8 mm entre os dias 21 e 22. Segundo dados da Sabesp os sistemas Alto Cotia, Rio Grande e Rio Claro também não registraram chuva.
Esta redução de chuva já era esperada neste fim de semana por causa da intensificação de uma massa de ar seco sobre a Região Sudeste. De forma geral houve uma diminuição da nebulosidade e da ocorrência de pancadas de chuva sobre todo o Sudeste.
A chuva de fevereiro supera a média histórica nos sistemas Cantareira e Alto Tietê. No Cantareira, em 23 dias choveu 266,5 mm, 33,9% acima da média que é de 199,1 mm. No Alto Tietê o acumulado de chuva era de 281,1 mm no dia 23 de fevereiro, sendo que a média é de 192,0 mm. Mas quase todos os mananciais que abastecem a Grande São Paulo já alcançaram a média histórica de chuva. Apenas o Rio Grande ainda estão com chuva abaixo do normal.
Embora não tenha chovido no fim de semana sobre o Sistema Cantareira, houve uma elevação de 0,6% no nível de armazenamento entre os dias 21 e 23 de fevereiro. Este aumento de nível sem ter chovido pode ser explicado por processos hidrológicos. A chuva que caiu por toda da a bacia hidrográfica na semana passada ainda está sendo absorvida.
Previsão de pouca chuva
O Cantareira ainda terá pancadas de chuva nesta última semana de fevereiro, mas que não devem ser tão volumosas e frequentes como na semana passada. As condições para chuva devem aumentar no fim da semana com a chegada de uma frente fria ao litoral paulista na próxima quinta-feira.
Mesmo com pancadas de chuva irregulares é possível que a chuva até o fim de fevereiro seja suficiente para repor a diferença de 0,1% que falta para completar os 10,7% da segunda cota do volume morto.
Mesmo com pancadas de chuva irregulares é possível que a chuva até o fim de fevereiro seja suficiente para repor a diferença de 0,1% que falta para completar os 10,7% da segunda cota do volume morto.
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