sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Orgânicos garantem renda e qualidade de vida para quilombolas de comunidade em MS

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sexta-feira, 27 Fevereiro, 2015 - 15:30
Foto: Paulo Henrique Carvalho/ MDA
A Associação Negra Rural Quilombola Chácara Buriti, em Campo Grande (MS), fundada em 2006, integra 40 famílias de descendentes de escravos que trabalham com o cultivo de hortaliças orgânicas. Formada por aproximadamente 70% de jovens, a associação produz cerca de 430 cestos de alimentos diariamente. A produção garante renda e qualidade de vida aos associados que comercializam os itens, principalmente, por meio de programas de compras públicas do Governo Federal. 
A comunidade, que teve início na década de 1930, ocupa 60 hectares. Em parte da área, os quilombolas produzem alface, salsa, cebolinha, coentro e berinjela, sem o uso de aditivos químicos, segundo afirma o coordenador da Associação, Antônio Borges dos Santos. 
A escolha pela produção orgânica, segundo Borges, foi feita para preservar a saúde de quem produz e daqueles que consomem os produtos. “Foi o maior acerto trabalhar com produção orgânica”, destaca ao assegurar que tudo que é cultivado na comunidade é aproveitado, seja para consumo próprio ou para venda.
Os produtos da comunidade são comercializados em feiras e mercados da região e para os programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação Escolar (Pnae) do Governo Federal. “A venda das hortaliças para esses programas teve grande impacto na comunidade. A partir desse acesso, começamos a nos desenvolver”, avalia. 
Outro conquista dos agricultores da comunidade, segundo ele, foi a aquisição do Selo Brasil Quilombola, criado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). “Fomos uma das primeiras comunidades a receber o selo. Isso nos trouxe muito reconhecimento no município e no estado.”
A oportunidade de melhorar a qualidade de vida e ter garantia de renda foram grandes estímulos para os jovens que vivem ali. “Cada um tem um horário de trabalho e muitos já conseguiram comprar um carrinho. Eles viram que poderiam ter o próprio negócio dentro da comunidade e que isso era mais rentável”, conta Antônio Borges. Ele acrescenta que o objetivo agora é ampliar o território, mas que as conquistas adquiridas até hoje são satisfatórias. “Hoje eu posso dizer que temos uma comunidade feliz, totalmente diferente.”
Tássia Navarro
Ascom/MDA
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