11/08/2015 16:27
Nos últimos 12 anos, programas transformaram a realidade das famílias mais pobres
e garantiram o protagonismo feminino
Brasília, 11 – Nos últimos 12 anos, o governo federal investiu em políticas públicas para
garantir o protagonismo das mulheres no campo e na cidade. Programas como o Bolsa
Família, Cisternas, de Aquisição de Alimentos (PAA) e Fomento às Atividades Produtivas
Rurais transformaram a realidade das famílias chefiadas por mulheres.
No campo, uma das maiores transformações ocorreu no Semiárido. Antes, as mulheres
sertanejas tinham que percorrer, diariamente, quilômetros em busca de água de má
qualidade, carregando uma lata de água na cabeça. A alimentação da família ficava
comprometida e a desnutrição de crianças e adultos era dada como certa.
Desde 2003, o governo federal ampliou o acesso à água de qualidade para beber, cozinhar,
para a produção de alimentos e a criação de animais. Foram entregues 1,2 milhão de
cisternas no Semiárido. Deste total, 73% foram para famílias chefiadas por mulheres. A
cisterna é uma tecnologia social de baixo custo que armazena água da chuva e garante
a convivência com a seca. Com isso, é possível que uma família de até cinco pessoas
possa ter água para beber e cozinhar por oito meses.
Além das cisternas, foram entregues cerca de 125 mil tecnologias sociais que garantem
água para produção de alimentos e na criação de animais. Destas, 93% foram para famílias
chefiadas por mulheres. Com água de qualidade, elas começaram a produzir mesmo durante
a estiagem.
Outra estratégia que as mulheres do campo tiveram acesso foi a assistência técnica, para
apoiar que as agricultoras pudessem planejar sua produção e aumentar a renda. Das 358
mil famílias que receberam assistência, 88% são chefiadas por mulheres. Além disso,
137,8 mil das famílias lideradas por mulheres com projetos produtivos apoiados com
assistência técnica já estão recebendo recursos de fomento para implantá-los.
O fortalecimento e a ampliação da produção de alimentos é um dos temas da 5ª Marcha
das Margaridas, que começa nesta quarta-feira (12), em Brasília. As margaridas são
mulheres do campo, da floresta e das águas que lutam pelo avanço no combate à
pobreza e pelo desenvolvimento sustentável com o fortalecimento da agricultura familiar
e soberania alimentar e nutricional.
Segurança alimentar – Além de promover o acesso à água e fomento, o governo federal
ampliou os canais de comercialização por meio do Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA). As mulheres representam a metade dos agricultores que vendem para o programa.
A estratégia integra as ações para o fortalecimento da agricultura familiar, reconhecendo
seu importante papel na oferta de alimentos frescos e saudáveis para a população e na
promoção da segurança alimentar e nutricional.
“Além da pauta da alimentação saudável, outra questão importante é a redução das
desigualdades e da superação da pobreza, que atinge principalmente mulheres e
crianças. São prioridades que estão no centro da nossa agenda”, destaca a ministra
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
Mais conquistas – Não foi só no campo que as políticas públicas transformaram a
realidade de milhões de mulheres. Na cidade, o governo federal também investiu em
programas e ações para garantir o protagonismo feminino. Das 22 milhões de pessoas
que superaram a pobreza extrema nos últimos quatro anos, 12 milhões são do sexo feminino.
Mães com crianças pequenas representavam a face mais dramática da pobreza no país.
As mulheres puderam contar com a complementação de renda do Bolsa Família e,
sobretudo, com melhores condições de saúde e educação para seus filhos, além de
oportunidades de inclusão produtiva. Em 93% das 14 milhões de famílias que recebem
a transferência de renda, as mulheres são as responsáveis pela retirada do dinheiro.
Dessas, 68% são mulheres negras.
O governo federal também reforçou políticas públicas para que as mulheres conquistassem
mais qualificação profissional e espaço no mundo do trabalho, seja por meio do trabalho
assalariado, autônomo ou associado. Hoje, elas representam 67% das mais de 1,7 milhão
de vagas do Pronatec, na modalidade voltada à população mais pobre. Com a qualificação,
as mulheres ocupam postos que, anteriormente, eram exclusivamente masculinos, como a
construção civil.
Além do Pronatec, as mulheres também tiveram a oportunidade de se formalizar como
Microempreendedores Individuais (MEI). Dos 525,4 mil MEIS beneficiários do Bolsa
Família, 55% são do sexo feminino.
Informações sobre os programas do MDS: 0800-707-2003 mdspravoce.mds.gov.br Informações para a imprensa: Ascom/MDS (61) 2030-1021 www.mds.gov.br/saladeimprensa |
terça-feira, 11 de agosto de 2015
Governo federal fortalece autonomia das mulheres no campo e na cidade
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