O sucesso da Conferencia Internacional do Coffea Canephofa, de
fato foi a comemoração dos cem anos da chegada do conilon ao Estado,
consequência do trabalho, dedicação e competência de muitos.
Estiveram presentes representantes do Vietnan, Uganda, Costa do Marfim,
Indonésia, Colômbia, Republica Dominicana, Costa Rica, Nicarágua, Porto Rico,
Índia, México Japão, França e Estados Unidos. A Conferencia foi um jogo aberto,
com cada país apresentando o que faz na pesquisa, extensão e como anda o comércio.
Este sistema permite a todos, democraticamente, fazer uma avaliação do que esta
fazendo em relação aos demais.
Observei nos questionamentos e na reação dos participantes quando viram em
Fundão a lavoura da família Costalonga obtendo 143 sacas por hectare, como uma
salva de palmas para o vencedor. Neste caso o conjunto da cafeicultura de
conilon, o pessoal da pesquisa e extensão, passando pelos proprietários,
meeiros, bóias frias, comerciantes e vendedores de insumos, como sendo
reconhecidos pelo que fizeram e fazem, nestes 100 anos do conilon no Espirito
Santo.
Mas a caminhada até aos patamares de produtividade de hoje, que encanta
os demais países e coloca dinheiro no bolso de milhares de cafeicultores deste
Brasil afora, nem sempre foi tranquila. Mas este assunto hoje nós vamos pular.
Apos a visita técnica a propriedade em Fundão, o grupo foi dividido. Um
foi conhecer a estrutura da Cooperativa Agrária de São Gabriel da Palha –
Cooabriel- e outro foi até a Fazenda Experimental de Marilandia, onde foi
gerado o conhecimento científico que possibilitou a chegada ao nível de
excelência que atingiu-se nos dias atuais.
Estive em Marilândia e reconhecimento pelos nossos avanços não
necessitou de interprete, estava no rosto de cada um, estrangeiro ou brasileiro
que ali estava pela primeira vez. Já com relação ao grupo que foi a Cooabriel,
eu não tenho uma descrição do impacto, mas tenho certeza que foi positivo, já
que ela movimenta um milhão de sacas por ano e é referencia na cadeia do café, tem
um logo e competente trabalho junto aos seus milhares de associados. Um
terceiro grupo foi a Real Café, marco na produção de solúvel no Brasil e
vendendo para dezenas de países.
Até aqui o sucesso. Daqui para frente será mais sucesso, porque a base
do conhecimento e da competência está instalada. A nossa cafeicultura merece
homenagem como uma atividade democrática que gera dinheiro para milhares,
distribui não somente trabalho, mas riqueza.
ronaldmansur@gmail.com
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