domingo, 24 de junho de 2012

PALMAS PARA CONILON



 O sucesso da Conferencia Internacional do Coffea Canephofa, de fato foi a comemoração dos cem anos da chegada do conilon ao Estado, consequência do trabalho, dedicação e competência de muitos.
            Estiveram presentes representantes do Vietnan, Uganda, Costa do Marfim, Indonésia, Colômbia, Republica Dominicana, Costa Rica, Nicarágua, Porto Rico, Índia, México Japão, França e Estados Unidos. A Conferencia foi um jogo aberto, com cada país apresentando o que faz na pesquisa, extensão e como anda o comércio. Este sistema permite a todos, democraticamente, fazer uma avaliação do que esta fazendo em relação aos demais.
        Observei nos questionamentos e na reação dos participantes quando viram em Fundão a lavoura da família Costalonga obtendo 143 sacas por hectare, como uma salva de palmas para o vencedor. Neste caso o conjunto da cafeicultura de conilon, o pessoal da pesquisa e extensão, passando pelos proprietários, meeiros, bóias frias, comerciantes e vendedores de insumos, como sendo reconhecidos pelo que fizeram e fazem, nestes 100 anos do conilon no Espirito Santo.
Mas a caminhada até aos patamares de produtividade de hoje, que encanta os demais países e coloca dinheiro no bolso de milhares de cafeicultores deste Brasil afora, nem sempre foi tranquila. Mas este assunto hoje nós vamos pular.
Apos a visita técnica a propriedade em Fundão, o grupo foi dividido. Um foi conhecer a estrutura da Cooperativa Agrária de São Gabriel da Palha – Cooabriel- e outro foi até a Fazenda Experimental de Marilandia, onde foi gerado o conhecimento científico que possibilitou a chegada ao nível de excelência que atingiu-se nos dias atuais.
Estive em Marilândia e reconhecimento pelos nossos avanços não necessitou de interprete, estava no rosto de cada um, estrangeiro ou brasileiro que ali estava pela primeira vez. Já com relação ao grupo que foi a Cooabriel, eu não tenho uma descrição do impacto, mas tenho certeza que foi positivo, já que ela movimenta um milhão de sacas por ano e é referencia na cadeia do café, tem um logo e competente trabalho junto aos seus milhares de associados. Um terceiro grupo foi a Real Café, marco na produção de solúvel no Brasil e vendendo para dezenas de países.
Até aqui o sucesso. Daqui para frente será mais sucesso, porque a base do conhecimento e da competência está  instalada. A nossa cafeicultura merece homenagem como uma atividade democrática que gera dinheiro para milhares, distribui não somente trabalho, mas riqueza.
ronaldmansur@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário