9/06/2012 - 17h01min
Para encerrar as atividades da Conferência Internacional de Coffea canephora, foram realizadas visitas técnicas a Unidades Demonstrativas de café conilon nos municípios de Fundão, Marilândia e São Gabriel da Palha, além de uma visita a uma indústria de café solúvel em Viana. As atividades tiveram o objetivo de confirmar tudo o que foi apresentado da produção do Espírito Santo aos participantes tanto de outros estados como os internacionais.
O diretor-presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Evair Vieira de Melo, destacou que a realização dessas visitas teve uma importância fundamental para os participantes, pois foi uma forma de compartilhar informações no campo de trabalho. “O Incaper leva informações qualificadas ao produtor rural e, a partir desses conhecimentos, ele pode decidir o que é melhor para desenvolver em sua propriedade, por isso viemos mostrar o que de melhor os nossos agricultores estão produzindo”, disse Evair.
Fundão
O diretor-presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Evair Vieira de Melo, destacou que a realização dessas visitas teve uma importância fundamental para os participantes, pois foi uma forma de compartilhar informações no campo de trabalho. “O Incaper leva informações qualificadas ao produtor rural e, a partir desses conhecimentos, ele pode decidir o que é melhor para desenvolver em sua propriedade, por isso viemos mostrar o que de melhor os nossos agricultores estão produzindo”, disse Evair.
Fundão
Em Timbuí, município de Fundão, os visitantes conheceram uma propriedade modelo, que recebe assistência técnica do Incaper. A lavoura visitada tem oito hectares, foi plantada há três anos e é considerada unidade de referência quando o assunto é café conilon.
Uma colheita simbólica foi realizada e a produtividade da lavoura surpreendeu os visitantes: foram colhidas em média 167 sacas por hectare. O segredo do sucesso é a utilização de técnicas adequadas de manejo. “É importante seguir as orientações técnicas do Incaper. Utilizamos 17 ou 18 clones diferentes. A irrigação por gotejamento economiza em água e energia, além de ser mais eficiente. A adubação é feita de acordo com a produção. Tudo isso ajuda a garantir a competitividade do nosso café no mercado”, analisa Edinho Costalonga, administrador da propriedade.
Além da colheita simbólica, noções técnicas sobre a poda também foram apresentadas. O corte dos galhos que não produzem é fundamental para que a planta não gaste nutrientes desnecessariamente. Só ficam os ramos que produzem. “É como um pai de família. Quanto mais filhos tiver, mais o pai terá que trabalhar para sustentá-los”, brincou Edinho Costalonga. O anfitrião, Edson Costalonga, estava orgulhoso: “É motivo de muita honra ter representantes de tantos países na nossa propriedade”, disse satisfeito.
São Gabriel da Palha
Entre os destinos dos participantes da conferência esteve a Cooperativa Agrária dos Produtores de São Gabriel (Cooabriel), em São Gabriel da Palha, um dos principais produtores de café conilon do Estado. No local, os conferencistas puderam ver como a cooperativa trabalha com a produção de mudas de café a partir de variedades de clones cultivadas no campo. Também observaram a criação de vespas para o controle biológico da broca do café e o armazenamento da produção em local adequado.
De olho no potencial econômico do café conilon, o dominicano Hector Guerrero, que trabalha como processador de café arábica, elogiou a estrutura da cooperativa do Norte do Estado. “O trabalho de armazenamento da produção que é feito aqui parece muito bom, principalmente para evitar o excesso de umidade, que pode comprometer a qualidade do produto”, considerou.
Quem também acompanhou a visita técnica foi a embaixatriz do Brasil na Nicarágua, Josiane Cotrim. Ela também faz parte da Associação Internacional das Mulheres do Café (IWCA). “O nível de organização dos capixabas é grande e vai melhorar quando as mulheres começarem a participar mais das provas e da comercialização do produto”, afirmou.
Viana
Outro local visitado foi a fábrica de torrefação, onde os 20 participantes puderam ver todo o processo de beneficiamento e industrialização do café. O coordenador de produção da fábrica, Pablo Guerra e Souza, apontou que a empresa é responsável por processar, embalar e comercializar marcas famosas existentes no mercado. “O processo é todo computadorizado, desde a entrada dos grãos até a finalização, isso também ajuda a garantir a qualidade do conilon capixaba”, apontou.
Durante a visita foram apresentados como é feita a classificação dos cafés, os laboratórios de microbiologia, análises fisico-química e de avaliação sensorial e toda a parte de informática onde são controladas as colunas de extração, local onde as partículas solúveis são retiradas, a pressão da água e a temperatura que devem ser precisas.
O classificador de café da Noble Brasil S.A, o paulista Cláudio Ferreira, participou da visita e ficou impressionado com o que viu. “Conferimos os cuidados da torrefadora que emprega uma prática para que os cafés sejam de altíssima qualidade o que é decisivo para a definição de sabor e aroma do café. Gostei muito dessa tecnologia que consegue trabalhar dentro das especificações de qualidade de cada produto com exatidão”, avaliou.
Marilândia
O outro grupo foi para a Fazenda Experimental do Incaper em Marilândia. Lá, os visitantes conheceram, em primeira mão, as três variedades clonais de conilon que serão lançadas no ano que vem. As variedades são resultado das pesquisas desenvolvidas pelo Incaper, e são melhores em diversos aspectos, como resistência à seca, arquitetura da planta, tamanho dos grãos entre outros critérios. No viveiro de mudas e nos jardins clonais foi possível atestar a qualidade técnica aplicada ao conilon cultivado no Espírito Santo.
A fazenda possui 80 hectares e 68 mil pés de café plantados em base experimental. Lá, são desenvolvidas mais de 100 ações, contempladas em 30 projetos de pesquisa. Walter Casas, da República Dominicana, veio confirmar o que pensava ser apenas teoria: “É tudo verdade. Ouvíamos dizer que o Espírito Santo é grande quando se fala em café conilon. Mas ter a oportunidade de ver isso na prática é formidável”, avalia. Tony Mugoya, diretor executivo da Aliança de Produtores de Café de Uganda, concorda: “Antes a gente só ouvia falar. Agora, a gente viu que é verdade”.
Os participantes foram ao campo isolado, onde é trabalhada a seleção recorrente. A plantação de café é cercada pela mata, para que não haja contaminação por polinização com outras plantas. Dos 1.500 pés de café plantados ali, 20% são selecionados e recombinados entre si, para melhoramento genético da espécie. Os visitantes também conheceram o banco ativo de germoplasma, onde há mais de 500 materiais genéticos diferentes. Plantas resistentes à seca, à ferrugem, com uniformidade de maturação entre outras características, são mantidas desde 1998.
Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Incaper
Eduardo Brinco/Juliana Esteves/Luciana Silvestre
Texto: Eduardo Brinco / Mike Figueiredo / Juliana Esteves
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