terça-feira, 28 de agosto de 2012

Maioria das categorias em greve decide aceitar acordo do governo


Maioria das categorias em greve decide aceitar acordo do governo

É o caso de 17 das 18 categorias representadas pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e dos servidores do IBGE, que assinarão o acordo proposto pelo Ministério do Planejamento nesta quarta (29). Mas apesar do prazo final para o governo incluir os reajustes na proposta orçamentária para 2013 terminar na sexta (31), pelo menos seis categorias mantêm a paralisação.

Brasília - A maioria dos servidores públicos federais atendeu ao ultimato do governo e decidiu encerrar a greve. Caso de 17 das 18 categorias representadas pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e dos servidores do IBGE, que assinarão o acordo proposto pelo Ministério do Planejamento nesta quarta (29). 

Mas apesar do prazo final para o governo incluir os reajustes na proposta orçamentária para 2013 terminar na sexta (31), categorias como os fiscais agropecuários, policiais federais, policiais rodoviários federais e servidores do Incra mantêm a paralisação. A maior parte dos docentes universitários também continua parada. 

A decisão da Condsef de aceitar a proposta do governo foi tomada em plenária realizada nesta terça (28), em Brasília. Os reajustes variam de 14,29% a 37,05%, até 2015, dependendo do grau de escolaridade de cada um. Serão beneficiados cerca de 810 mil servidores, ou 80% do total, lotados em ministérios e órgãos da administração indireta. Entre eles estão a maior parte dos quase 12 mil que tiveram os pontos cortados. A devolução dos salários, inclusive, foi um dos itens negociados pelos servidores para por fim à paralisação. 

“O reajuste não é o ideal. Também persiste a indignação com a forma com que o governo atropelou o processo de negociação, editando um decreto que permite a substituição dos grevistas e autorizando o corte de ponto. Mas avaliamos que já estamos no nosso limite. Não é fácil manter 70 dias de greve. E, por isso, decidimos encerrar a paralisação e construir novas frentes de luta, mantendo as perspectivas iniciais da nossa pauta de reivindicação”, esclareceu o diretor da confederação, Sérgio Ronaldo da Silva. 

A Associação dos Servidores do IBGE (Asibge) também informou ao Ministério do Planejamento que aceitará o acordo, a ser firmado nesta quarta. Segundo o órgão, a proposta negociada com os servidores do órgão beneficiará 14.105 trabalhadores, sendo 6.645 ativos, 5.693 aposentados e 1.767 pensionistas. A categoria dos trabalhadores do IBGE foi uma das que mais sofreram com o corte de ponto: 52,4% ficaram sem salários ou tiveram os vencimentos reduzidos. 

Acordos anteriores
Até agora, três entidades já firmaram acordo com o Ministério do Planejamento: a Associação dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc), a Federação de Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e o Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes). 

Para o Planejamento, isso significa a conclusão formal das negociações com 338,6 mil servidores, entre ativos, aposentados e pensionistas. O impacto orçamentário com os reajustes negociados com o grupo será de R$ 7,3 bilhões até 2015.

A Asfoc representa 5.834 funcionários, entre ativos, aposentados e pensionistas. Já os trabalhadores da educação são 327 mil. E mesmo embora só parte deles seja representada pela Fasubra e pelo Proifes, o Planejamento afirma que já deu as negociações com o setor encerradas e repassará o aumento também para os demais.

Os professores universitários representados pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andes-SN) e os professores e trabalhadores dos institutos tecnológicos, escolas técnicas e colégios de aplicação, organizados pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) não reconhecem o acordo e, por isso, mantêm a greve segue em 54 universidades, além de outras escolas federais de ensino básico ou médio.

Pela manutenção da greve 
Além de parte dos servidores da educação, várias categorias mantém a paralisação, como ficais agropecuários, policiais federais, policiais rodoviários federais e servidores do Incra. Na sexta (31), termina o prazo para o governo enviar ao Congresso a proposta orçamentária para 2013. Portanto, já afirmou que quem não fechasse acordo até esta quarta (28) não receberá nenhum reajuste.

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