quarta-feira, 1 de agosto de 2012

MDA realiza curso para formadores que atuarão no Brasil Sem Miséria



Consultores contratados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para capacitar agentes de Ater do Plano Brasil Sem Miséria (PBSM) estão em Brasília em atividade de formação, até o próximo dia 9, promovida pelo Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA). Eles participam do curso Formação para Formadores que atuarão no Brasil Sem Miséria. A atividade qualifica os formadores para orientarem três mil agentes de Ater que atenderão no PBSM as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste junto aos mais de 150 mil agricultores brasileiros em situação de extrema pobreza.

"A partir desses consultores, os extensionistas receberão as informações e orientações necessárias para trabalhos de extensão na diversidade da agricultura familiar para inclusão social e produtiva", explica Reginaldo Lima, coordenador de formação do Dater. Além de conhecer as estratégias do governo federal para a superação da extrema pobreza no rural, o grupo receberá informações sobre mecanismo de execução das políticas públicas, as formas de acesso e principais desafios.
"Vamos receber as informações do Plano Brasil Sem Miséria, para que, junto com os técnicos de Ater, formemos uma equipe com conhecimento sobre o plano e todas as ações incluídas", resume o engenheiro agrônomo Vitor Hugo Garbin, de Mato Grosso, que será um dos formadores. "Os técnicos terão um papel bem maior do que a assistência técnica tradicional, eles serão promotores da cidadania, de acesso às políticas públicas do governo federal", acrescenta Garbin.
Para o professor universitário de Ciências Sociais, Marcos Inácio Fernandes, que também participa da atividade, a capacitação é um desafio. "Vamos lidar com as pessoas que vão levar as políticas públicas para um público extremamente pobre. Nós precisamos dominar essas políticas, ter a capacidade de sintetizar e orientar os formadores para que os técnicos atuem junto a um público que tradicionalmente não recebe assistência técnica", diz. Marcos Inácio, do Acre, é membro da Academia Brasileira de Extensão Rural (Aber) e mesmo com todo seu conhecimento, ele se orgulha em participar da formação e de todo o Plano.
O conteúdo do curso inclui o tema Concepções Pedagógicas que influencia diretamente na abordagem dos agentes de Ater no dia a dia (passo a passo na abordagem), planejamento e orientações sobre gestão de contrato; elaboração de programa dos cursos para orientação dos agentes de Ater e cronograma de atividades.
Entre os instrumentos para a Inclusão Produtiva Rural apresentados no curso, estão o Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais (com Ater aliada ao fomento); Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae); Crédito Rural, Seguro da Agricultura Familiar; Garantia-Safra; Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); e Programa de Organização Produtiva das Trabalhadoras Rurais

Expectativa
A socióloga Maria de Lourdes de Araújo, da Bahia, que tem no currículo a atuação junto a organizações não governamentais no âmbito de programas sociais está com grande expectativa em relação à capacitação e ao trabalho posterior: "Minha expectativa é aprofundar o conteúdo que devemos compartilhar na atuação junto aos formadores e, sobretudo, refletir, de forma coletiva, sobre especificidades que o plano apresenta e que são muito valiosas", afirma.
Para Maria de Lourdes, os formadores poderão aprimorar as ações de assistência técnica, fortalecer o entendimento das diretrizes da Política Nacional de Assistência Técnica e trabalhar com as famílias em condição de extrema pobreza "Vamos, também, ampliar nosso universo de informações, já que informação é um processo básico de acesso à cidadania, especialmente nessas regiões que têm essa necessidade urgente", destaca. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário