20 de fevereiro de 2015 às 11:34 por Redação Climatempo
por Maira Di Giamo
A Região Metropolitana de São Paulo trata apenas 24% do esgoto. De acordo com o professor de engenharia hidráulica da POLI-USP, Dr. Ivanildo Hespanhol, nós temos tecnologia para tratar muito mais que isso. Alguns países chegam a tratar quase 100% do esgoto, e se as medidas corretas forem tomadas, podemos chegar bem perto disso no futuro.
Hespanhol explica que existem duas maneiras: o reuso potável direto e o indireto. O indireto consiste em fazer o tratamento básico do esgoto e jogar a água tratada de volta nas represas. Das represas a água passaria pelo tratamento normal das companhias de abastecimento e iria para as residências. Essa é a proposta do governador Geraldo Alckmin, que propôs a construção de uma Estação de Produção de Água de Reuso (EPAR), que vai jogar a água tratada na represa Guarapiranga. A forma direta é fazer todo o tratamento avançado do esgoto e jogar direto na rede de abastecimento. “Nós temos tecnologia para isso”, afirma o Professor Hespanhol.
Pensar em beber uma água que já foi esgoto é estranho para a maioria da população ainda, mas o especialista afirma que após o tratamento adequado essa água se torna completamente potável. Quanto aos custos, ainda são elevados, mas parte do preço do tratamento é atribuída à proteção ambiental e só o tratamento adicional necessário para limpar de vez a água e tornar potável, é que é atribuído ao reuso. Portanto, a água tratada do esgoto pode ser sim, uma solução para a atual crise de abastecimento que vive a Grande São Paulo.
Confira o que dia o professor de engenharia hidráulica da POLI-USP, Dr. Ivanildo Hespanhol:
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