9 de fevereiro de 2015 às 20:44 por Josélia Pegorim
Pela segunda vez neste verão, uma nova situação de bloqueio atmosférico deve ser observada sobre o Brasil fazendo com que as condições para chuva diminuam, em particular sobre a Região Sudeste. Desta vez o bloqueio deve atuar durante a segunda quinzena de fevereiro.
O primeiro evento foi intenso e persistiu sobre o país durante aproximadamente 15 dias, entre 6 e 20 de janeiro de 2015. O bloqueio foi rompido por frente fria que chegou forte ao país e no dia 21 alcançou o litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Menos chuva no Sudeste, muita chuva no Sul
A nova situação de bloqueio não deve ser tão intensa como em janeiro de 2015, mesmo assim reduz novamente a chuva em especial sobre a Região Sudeste. Assim, a chuva farta volumosa que vem caindo sobre Minas Gerais, Rio de Janeiro e até no Espírito Santo vai parar nos próximos dias. O bloqueio de janeiro de 2015 fez com que muitas áreas do norte mineiro, norte fluminense e do Espírito Santo ficassem de 40 a 50 dias consecutivos sem chuva.
Ao mesmo tempo que tira a chuva do Sudeste, a alteração da circulação dos ventos durante o bloqueio vai forçar um aumento da chuva sobre o Sul. Estas alterações começam a ser sentidas durante o Carnaval. Se por um lado a redução da chuva é preocupante, pois agrava a crise hídrica, as festas de Carnaval será favorecidas com menor chance de transtornos com os temporais.
O que é o bloqueio?
Um bloqueio atmosférico é uma alteração na posição e intensidade normais dos grandes sistemas globais de pressão atmosférica e das correntes de ventos nos níveis atmosféricos elevados.
O bloqueio de janeiro de 2015 foi causado por uma posição e intensidade atípicas do sistema de alta pressão subtropical do Atlântico Sul, chamado abreviadamente de ASAS (Alta Subtropical do Atlântico Sul). A atuação de uma de alta pressão sobre qualquer região reduz a umidade do ar. A menor disponibilidade de umidade diminui naturalmente a formação de nuvens e a ocorrência de chuva. As áreas próximas ao centro do sistema de alta pressão ficam com pouco ou nenhum vento.
Foi um bloqueio como este, porém muito mais forte e prolongado, que deixou o Brasil com pouca chuva no verão de 2014 iniciando a gravíssima crise hídrica pela qual está passando o Brasil. Se falta chuva no verão, é quase impossível tirar a deficiência no restante do ano. É preciso esperar o verão seguinte
Esta segunda situação de bloqueio atmosférico já vinha sendo esperado para este verão, mas não será igual ao primeiro. Confira a comentário da meteorologista Josélia Pegorim que fala sobre as diferenças entre o bloqueio de janeiro e o que se espera para fevereiro.
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