quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Mapa e MMA se reúnem para discutir CAR e agendas comuns



 
 
  Encontro teve a presença dos secretários estaduais de agricultura e de meio ambiente 
 
 
Brasília (05/02/2015) - As ministras da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 
Kátia Abreu, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, estivaram reunidas, nesta
 quinta-feira (05) com os secretários estaduais de agricultura e de meio ambiente.
 A reunião foi realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O principal assunto 
abordado foi o Cadastro Ambiental Rural (CAR), obrigatório para todos os 
produtores rurais do país, mas outros temas também foram discutidos, 
como o licenciamento ambiental e a questão da água.

A ministra Kátia Abreu reforçou o esforço que todos os secretários de 
Estado, tanto da Agricultura, quanto do Meio Ambiente, terão de fazer
 para cadastrar as propriedades dentro do prazo. “O CAR vai facilitar a vida
 do produtor de diversas maneiras, como para financiamentos e até para 
o licenciamento ambiental. Por isso, é preciso que todos cumpram a Lei. 
Nossos produtores não devem temer o CAR e sim a ilegalidade”, disse.

Situação do CAR

Até o momento, de acordo com os dados apresentados pelo Serviço Florestal
 Brasileiro (SFB), órgão do Ministério do Meio Ambiente (MMA) responsável 
pelo CAR, cerca de 551 mil cadastros já foram realizados, totalizando 132
 milhões de hectares. Isso corresponde a aproximadamente 40% do total 
que ainda deve ser cadastrado até maio deste ano. Por isso, cada 
secretário recebeu das ministras um pen drive com o passo a passo para 
o cadastramento no CAR, a fim de incentivar e criar facilidades para que 
os produtores de cada estado possam fazer a inscrição.

Nos dados, a região norte se destaca, com cerca de 203 mil imóveis rurais 
já cadastrados. Em termos de área são 58,4 milhões de hectares, o que
 representa 62% do total na região. No Sudeste já foram efetivados 110 
mil registros, em uma área de quase 10 milhões de hectares (18,5% do total).

A região Centro-Oeste já cobriu 41% da meta, com 43,3 milhões de
 hectares e 61 mil propriedades rurais cadastradas. O Nordeste atingiu 7
 milhões de hectares (9,2%) e 10,3 mil imóveis registrados. A região Sul 
cobriu 1,9 milhões de hectares (4,7%), com 72,7 mil propriedades
 cadastradas.

Prazo

Os produtores rurais devem ficar atentos ao prazo de inscrição no
 Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Siscar) - sistema eletrônico 
que comporta todas as informações da propriedade – que vai até o 
dia seis de maio de 2015. No momento do cadastro, o produtor identifica
a localidade e as delimitações da propriedade e deve fornecer ainda 
imagens por satélite. Por isso, agricultores que não tiverem as
 informações necessárias para realizar o cadastro, devem procurar 
a ajuda de um técnico.

Para realizar o cadastro, o produtor pode 
acessar o endereço eletrônico  http://www.car.gov.br/#/ , 

baixar o Módulo de Cadastro, preenchê-lo e enviá-lo para análise por meio da internet.

Estímulo
Além da disponibilidade do Fundo Amazônia para apoiar a implantação 
do CAR, as ministras prometeram uma premiação para os estados que
 terminarem o quanto antes o cadastramento das propriedades. Por
 enquanto, Mato Grosso está em primeiro lugar, seguido dos estados
 do Pará e Amazonas, respectivamente. 
Água

Durante a reunião, a ministra Kátia Abreu ainda falou sobre um termo de 
cooperação que será firmado entre os Ministérios da Agricultura e do
 Meio Ambiente para ampliar o Programa Produtor de Água, da Agência
 Nacional de Águas (ANA). Tal programa tem por objetivo a redução da 
erosão e assoreamento dos mananciais nas áreas rurais.

Kátia Abreu ressaltou que está sendo realizado um estudo pela Embrapa
 e pela ANA para verificar o impacto da seca na agricultura, no qual o solo 
está sendo mapeado por meio de satélites e verificada a umidade em 
cada localidade. “Nossa intenção é fazer uma previsão das áreas que 
podem sofrer com a seca e das áreas que têm recursos hídricos 
disponíveis para estudarmos a possibilidade de um rearranjo, 
antecipando um possível aumento da inflação e uma possível
 falta de alimentos”, explicou.

Outro ponto levantado foi a desburocratização do licenciamento ambiental
 nos estados. Kátia Abreu afirmou que, hoje, muitos produtores têm
tido dificuldade para construir armazéns, por exemplo, por conta da demora
para a liberação do licenciamento. “Sabemos que muitas vezes o número 
de fiscais é insuficiente e que o processo pode demorar. Somos totalmente 
a favor do licenciamento, ele é de extrema importância, mas pode ser menos 
burocrático, mais moderno. Nossa proposta, é, por exemplo, dispensar quem 
já está cadastrado no CAR da licença ambiental, como já é realizado 
em estados como o Tocantins e o Mato Grosso, com a Licença Ambiental 
Única (LOA). Mas claro, alguns licenciamentos específicos devem ser 
mantidos, como para o desmatamento e a fiscalização, que devem 
ocorrer sempre”, afirmou a ministra da Agricultura. 

Assessoria de Comunicação Social
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