Brasília (05/02/2015) - As ministras da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Kátia Abreu, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, estivaram reunidas, nesta
quinta-feira (05) com os secretários estaduais de agricultura e de meio ambiente.
A reunião foi realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O principal assunto
abordado foi o Cadastro Ambiental Rural (CAR), obrigatório para todos os
produtores rurais do país, mas outros temas também foram discutidos,
como o licenciamento ambiental e a questão da água.
A ministra Kátia Abreu reforçou o esforço que todos os secretários de
Estado, tanto da Agricultura, quanto do Meio Ambiente, terão de fazer
para cadastrar as propriedades dentro do prazo. “O CAR vai facilitar a vida
do produtor de diversas maneiras, como para financiamentos e até para
o licenciamento ambiental. Por isso, é preciso que todos cumpram a Lei.
Nossos produtores não devem temer o CAR e sim a ilegalidade”, disse.
Situação do CAR
Até o momento, de acordo com os dados apresentados pelo Serviço Florestal
Brasileiro (SFB), órgão do Ministério do Meio Ambiente (MMA) responsável
pelo CAR, cerca de 551 mil cadastros já foram realizados, totalizando 132
milhões de hectares. Isso corresponde a aproximadamente 40% do total
que ainda deve ser cadastrado até maio deste ano. Por isso, cada
secretário recebeu das ministras um pen drive com o passo a passo para
o cadastramento no CAR, a fim de incentivar e criar facilidades para que
os produtores de cada estado possam fazer a inscrição.
Nos dados, a região norte se destaca, com cerca de 203 mil imóveis rurais
já cadastrados. Em termos de área são 58,4 milhões de hectares, o que
representa 62% do total na região. No Sudeste já foram efetivados 110
mil registros, em uma área de quase 10 milhões de hectares (18,5% do total).
A região Centro-Oeste já cobriu 41% da meta, com 43,3 milhões de
hectares e 61 mil propriedades rurais cadastradas. O Nordeste atingiu 7
milhões de hectares (9,2%) e 10,3 mil imóveis registrados. A região Sul
cobriu 1,9 milhões de hectares (4,7%), com 72,7 mil propriedades
cadastradas.
Prazo
Os produtores rurais devem ficar atentos ao prazo de inscrição no
Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Siscar) - sistema eletrônico
que comporta todas as informações da propriedade – que vai até o
dia seis de maio de 2015. No momento do cadastro, o produtor identifica
a localidade e as delimitações da propriedade e deve fornecer ainda
imagens por satélite. Por isso, agricultores que não tiverem as
informações necessárias para realizar o cadastro, devem procurar
a ajuda de um técnico.
Para realizar o cadastro, o produtor pode
baixar o Módulo de Cadastro, preenchê-lo e enviá-lo para análise por meio da internet.
EstímuloAlém da disponibilidade do Fundo Amazônia para apoiar a implantação
do CAR, as ministras prometeram uma premiação para os estados que
terminarem o quanto antes o cadastramento das propriedades. Por
enquanto, Mato Grosso está em primeiro lugar, seguido dos estados
do Pará e Amazonas, respectivamente.
Água
Durante a reunião, a ministra Kátia Abreu ainda falou sobre um termo de
cooperação que será firmado entre os Ministérios da Agricultura e do
Meio Ambiente para ampliar o Programa Produtor de Água, da Agência
Nacional de Águas (ANA). Tal programa tem por objetivo a redução da
erosão e assoreamento dos mananciais nas áreas rurais.
Kátia Abreu ressaltou que está sendo realizado um estudo pela Embrapa
e pela ANA para verificar o impacto da seca na agricultura, no qual o solo
está sendo mapeado por meio de satélites e verificada a umidade em
cada localidade. “Nossa intenção é fazer uma previsão das áreas que
podem sofrer com a seca e das áreas que têm recursos hídricos
disponíveis para estudarmos a possibilidade de um rearranjo,
antecipando um possível aumento da inflação e uma possível
falta de alimentos”, explicou.
Outro ponto levantado foi a desburocratização do licenciamento ambiental
nos estados. Kátia Abreu afirmou que, hoje, muitos produtores têm
tido dificuldade para construir armazéns, por exemplo, por conta da demora
para a liberação do licenciamento. “Sabemos que muitas vezes o número
de fiscais é insuficiente e que o processo pode demorar. Somos totalmente
a favor do licenciamento, ele é de extrema importância, mas pode ser menos
burocrático, mais moderno. Nossa proposta, é, por exemplo, dispensar quem
já está cadastrado no CAR da licença ambiental, como já é realizado
em estados como o Tocantins e o Mato Grosso, com a Licença Ambiental
Única (LOA). Mas claro, alguns licenciamentos específicos devem ser
mantidos, como para o desmatamento e a fiscalização, que devem
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