segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Municípios produtores de petróleo reclamam de perdas na arrecadação


  • 02/02/2015 16h48
  • Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
A Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) vai  elaborar um documento, a ser encaminhado aos governos estadual e federal, solicitando ajuda para manter a política de investimentos na região produtora do Rio de Janeiro. Segundo o secretário executivo da Ompetro, Marcelo Neves, a ajuda é necessária por causa da queda registrada nos últimos meses na receita dos municípios produtores.
A Ompetro promoveu nesta tarde, em Macaé, no norte fluminense, reunião para traçar uma estratégia comum de enfrentamento da queda nos royalties do petróleo e nos repasses federais e estaduais. Neves justificou o pedido de ajuda pelo fato de a região “ser altamente importante para o país”. Ele disse que só a Bacia de Campos responde por cerca de 86% da produção nacional de petróleo e gás.
De acordo com o secretário executivo, a organização quer dialogar com as empresas produtoras para tentar estabelecer um programa que possa parar com as demissões no setor, intensificadas nos últimos dias. Neves lembrou que o custo da produção é muito mais alto do que no Oriente Médio e que, se a cotação estiver abaixo ou próximo do custo de produção, acaba não sendo interessante para as companhias. “Muitas acabam diminuindo o ritmo”. Dependendo  dos estudos de viabilidade técnico-econômica das empresas, isso pode significar mais desemprego no setor no Rio de Janeiro, acrescentou.
A presidenta do Ompetro, Rosinha Garotinho, que é também prefeita de Campos dos Goytacazes, tem alertado os municípios produtores sobre a queda de receita. Isso tem levado a contenção de gastos e reprogramação dos orçamentos desde outubro do ano passado, quando o barril de petróleo caiu da cotação de US$ 115, entre junho e agosto de 2014, para US$ 70. Em dezembro, na reunião da Ompetro, Rosinha defendeu ajustes financeiros nos municípios para equilibrar as contas, disse Neves.

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