quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Vale-Cultura já beneficiou mais de 339 mil trabalhadores em um ano


Vale-Cultura já chegou às mãos de mais de 339,6 mil trabalhadores. Desde o início da entrega dos cartões, em janeiro do ano passado, foram utilizados R$ 47,7 milhões no acesso a eventos, aquisição de produtos e pagamento de mensalidades de cursos.
Com R$ 35,2 milhões em vendas para beneficiários do Vale-Cultura, o setor de livros, jornais e revistas responde por 74% deste consumo – e espera crescer ainda mais.
Foto: Flora Egécia/ACN
Foto: Flora Egécia/ACN
“A adesão das empresas ao benefício ainda é pequena, mas tem potencial de crescimento”, acredita Ednilson Xavier, presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL). Em conjunto com o Ministério da Cultura, a ANL tem investido na divulgação do benefício. “É um grande incentivo para que o setor livreiro ganhe fôlego e volte a crescer, principalmente para as pequenas e médias livrarias”, afirma.
A técnica em contabilidade dos Correios, Maria Silvana Vieira da Silva acumulou R$ 500 e “fez a feira”em livrarias e teatros de Brasília. “Comprei até livros para os meus sobrinhos. E eles já estão me cobrando os próximos”, conta.
Os planos para o dinheiro que está juntando no Vale-Cultura são muitos. “Eu faço faculdade de Gestão Pública e estou economizando para comprar os livros. Vai ser um alívio no meu orçamento. Quero continuar aproveitando, ir a espetáculos. Eu nunca assisti ao Cirque du Soleil. Geralmente, quando eles vêm a Brasília, eu estou sem grana. Já tenho o Vale-Cultura e é meio caminho andado”, diz Maria Silvana.
CinemasOs cinemas já venderam R$ 8,1 milhões em ingressos para beneficiários do Vale-Cultura. O valor representa 17% do total utilizado pelos usuários do cartão. Para 2015, a expectativa da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec) é de que esse número aumente.
“Nós estamos estimulando as pessoas a procurarem as empresas para pedir o cartão”, conta Paulo Lui, presidente da Feneec. “Ele é um incentivo para quem perdeu o hábito de ir ao cinema voltar a assistir filmes. E o cara que já vai tem a oportunidade de ir mais vezes.”
Foto: Wendel Pires/ACN
Foto: Wendel Pires/ACN
Lojas de instrumentos musicais respondem por 2% do total gasto com Vale-CulturaOs demais setores culturais representam pouco mais de 10% do consumo com o cartão. As lojas de instrumentos musicais, por exemplo, respondem por 2%.
Há quatro meses com o Vale-Cultura, a funcionária pública Débora Caetano utilizou o benefício para comprar livros para ela e para a filha de seis anos, e para trocar as cordas do violão. Andando pela Rua da Carioca, no centro do Rio de Janeiro (RJ), Débora pesquisou em cinco lojas especializadas em instrumentos musicais e descobriu que duas delas aceitavam o cartão.
“Fui de loja em loja perguntando. Nem precisei acumular, as cordas custaram R$ 35 e ainda sobrou saldo”, explica. “Pra mim, o Vale-Cultura está aprovado. Agora pretendo comprar um microfone”, afirma Débora, que, nas horas vagas, toca e canta em um grupo musical da igreja que frequenta.
Como aderir ao Vale-CulturaO Vale-Cultura pode ser oferecido, por empresas e entidades com personalidade jurídica, para trabalhadores com carteira assinada. Para isso, basta o empregador aderir ao Programa Cultura do Trabalhador, do Ministério da Cultura, e escolher uma operadora. Em contrapartida, as empresas têm isenção do governo federal de encargos sobre o valor do benefício concedido, além de poder abater as despesas no Imposto de Renda em até 1% do imposto devido.
O cartão magnético pré-pago, válido em todo território nacional, no valor de R$ 50 mensais, possibilita o acesso dos trabalhadores a teatros, cinemas, museus, espetáculos, shows e circos. Também pode ser usado na compra de CDs, DVDs, livros, revistas e jornais, e no pagamento de mensalidade de cursos de artes, audiovisual, dança, circo, fotografia, música, literatura ou teatro.

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