12/08/2015 19:35
Beneficiária do Bolsa Família, Nélia Souza participou da 5ª Marcha das Margaridas,
em Brasília
Brasília, 12 – O sol ainda está escondido entre as árvores da margem do rio São Francisco
na pequena cidade de Ibiaí, em Minas Gerais, mas na casa de Nélia Rodrigues Souza, 35
anos, todos já estão acordados. A rotina da família começa cedo, às seis da manhã. Nesse
horário, ela e o marido já estão se preparando para a pesca e para o cultivo na roça.
Beneficiária do Bolsa Família, Nélia é agricultora familiar, pescadora e ribeirinha. Em
breve, vai conquistar um diploma universitário. “Eu estou no 5º período de Geografia”,
conta com tanta felicidade que parece que não cabe nas palavras.
Foto: Ana Nascimento/MDS
![]() Engajada, a agricultora familiar gosta de “ir em busca dos direitos”. Junto com as
amigas do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ibiaí, Nélia participou, nesta
quarta-feira (12), em Brasília, da 5ª Marcha das Margaridas. O grupo veio em
busca de mais direitos para as mulheres, reforma agrária e mais investimentos
no combate à seca. "Temos que correr atrás do que queremos e aqui é a oportunidade.
Aqui, estamos todas unidas. Uma só vale a pena, mas todas valem muito mais."
Leia também:Governo federal fortalece autonomia das mulheres no campo e na cidade Ela conta que resolveu fazer Geografia para dar exemplo aos quatro filhos e saber mais
sobre a terra. "Meus filhos estão todos na escola. Quero que eles continuem estudando.
Esse é o caminho para o futuro." Uma vez por semana, ela viaja quase 100 quilômetros
até a faculdade na cidade de Pirapora. O curso é semipresencial. "É longe, então eu peço
carona, vou de ônibus. Dou um jeito para não perder aula." Para pagar a faculdade, Nélia
se desdobra e, muitas vezes, o Bolsa Família ajuda a completar a mensalidade. "Eu digo
isso para todo mundo. Se não fosse o Bolsa, eu ia ter que desistir da faculdade."
Nélia nasceu na roça. Ainda pequena, ajudava os pais na plantação. A pele castigada pelo
sol da lida diária mostra o trabalho difícil, mas os olhos da agricultora brilham ao falar sobre
o pedacinho de terra. “Eu amo o meu trabalho.” Em pouco mais de dois hectares, a família
cultiva milho, abóbora, cana, melancia, batata, feijão e algumas hortaliças. A produção é
dividida entre o consumo da família e a venda na região. A seca, diz ela, ainda tem sido
uma vilã. “A produção está pequena demais. O rio não sobe e, por isso, não fertiliza a terra.
A seca está castigando a gente. A ajuda vem do Bolsa Família”, conta.
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sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Para dar exemplos aos filhos, agricultora familiar quer se formar em Geografia
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