“Você nunca vai diminuir a nossa moral, uma vez que o único aspecto desta decisão é psicológico”
Durante o Iftar Anual da Diretoria das Mulheres da Resistência Islâmica e Associação de Apoio, realizada no Complexo Hashem, em Beirute, na última semana, Hasan Nasrallah rejeitou a decisão da União Europeia de classificar a ala militar do Hezbollah como um grupo terrorista, e acusou a UE de sucumbir à pressão americana e israelense para tomar tal atitude.
O líder do Hezbollah afirmou que não haverá a formação de um novo governo no país, sem a participação do seu partido, e que o grupo não se surpreendeu com a decisão da UE, pois já esperavam por isso, só estranharam a demora na tomada dessa decisão, que visa servir os interesses do Estado israelense.
Nasrallah disse ainda, que a decisão dos estados-membros da UE, estava dando cobertura legal para que Israel realizasse qualquer agressão contra o Líbano, numa atitude de total cumplicidade, em conjunto com o Estado israelense, de agir contra o país, contra a resistência, ou contra qualquer alvo da resistência, e que isso é muito perigoso.
Nasrallah rejeitou completamente a decisão da UE, alegando que qualquer impacto tangível sobre o Hezbollah, é apenas uma forma de intimidação psicológica, e que isso não iria diminuir a moral do Hezbollah, nem tampouco afetar o grupo de resistência militar ou financeiramente, porque eles não possuem investimentos ou dinheiro em bancos europeus, e nem no Líbano, visto que o país teme os EUA.
Angelina Eichhorst, Embaixadora da UE no Líbano, afirmou na última semana, que a decisão da UE não afetará os laços com o governo libanês, ainda que o Hezbollah seja representado no Conselho de Ministros, frisando que a UE diferencia a ala política da ala militar do Hezbollah.
Em relação a este comentário, Nasrallah, afirmou que o Hezbollah sabe que qualquer decisão tem um objetivo, e que o objetivo da UE é claro: subjugá-los, forçá-los a recuar, retroceder, e colocar medo, mas que eles apenas colherão fracasso e decepção.
Nasrallah questionou a UE, o porquê de eles não terem incluído também, a ala militar de Israel na lista negra da UE, como uma organização terrorista, porque segundo o líder do Hezbollah, “Aqueles que matam, cometem massacres, ocupam a terra de uma nação, e a impedem de voltar ao seu próprio país, também deveriam ser classificados como terroristas”.
E questionou: "Mas aqueles que lutaram, sofreram, morreram, foram presos, e foram capazes de resgatar sua terra, sua dignidade e ainda portar armas, para se defender de qualquer agressor, são vistos pela UE, como terroristas?”.
E concluiu: "A decisão da UE a nível nacional não faz diferença, e eu repito o que eu disse antes, de que não haverá governo sem o Hezbollah", disse ele.
Claudinha Rahme
Gazeta de Beirute
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