Segunda-feira, 29 de
julho de 2013 - 17:32
A educação é o componente que mais avançou, entre 1991 e 2010,
no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). É o que aponta relatório
divulgado nesta segunda-feira, 29, pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud). Em 1991, o Brasil possuía um IDHM Educação de 0,279. Ao
longo de duas décadas o País avançou 0,358 pontos, chegando a um índice de
0,637 em 2010 – crescimento de 128% no período.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou o avanço na
educação dos mais jovens e ressaltou, também, a importância do crescimento do
fluxo escolar na construção do índice. “A grande contribuição foi o fluxo
escolar de crianças e jovens. Partimos de um patamar muito baixo, mas tivemos
grande evolução, o que é um dado impressionante”, afirmou.
O relatório aponta evolução em todos os indicadores da educação.
O número de crianças de cinco a seis anos na escola, entre 1991 e 2010, passou de
37,3% para 91,1%”, O total de jovens entre 11 e 13 anos frequentando os anos
finais do ensino fundamental cresceu no período: de 36,8% para 84,9%.
Já a taxa de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental
completo chegou a 57,2% em 2010. Duas décadas atrás esse indicador
contabilizava 20% desta faixa da população. O total de pessoas entre 18 e 20
anos com ensino médio mais que triplicou nas duas últimas décadas: o indicador
passou de 13% para 41%.
IDHM – O IDHM adapta o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) para a realidade dos municípios, de acordo com as
especificidades locais. No cálculo do índice são consideradas três dimensões:
educação, longevidade e renda. Os valores variam de zero (mínimo) a um (máximo).
Considerando os três componentes, o IDHM do Brasil cresceu 47,5%, entre 1991 e
2010. No período, o País avançou de 0,493 (baixo) para 0,727 (considerado
alto).
A metodologia de cálculo do componente educação no IDHM é
composta por dois subíndices: a escolaridade da população adulta e o fluxo
escolar da população jovem. No que se refere à escolaridade, a porcentagem da
população com mais de 18 anos que concluiu ao menos o ensino fundamental chegou
a 54,9% – em 1991 esse índice era de 30,1%.
Para o representante residente do Pnud no Brasil, Jorge Chediek,
o progresso no IDHM apresentado pelo Brasil nos últimos 20 anos representa um
exemplo para demais países da Organização das Nações Unidas. “O relatório
mostra que com ação e compromisso político é possível mudar a realidade e
atacar defasagens históricas”, disse.
Municípios – Entre 2000 e 2010,
65% dos municípios brasileiros cresceram acima da média nacional no componente
educação do IDHM. O mais alto índice relativo a educação é o de Águas de São
Pedro, em São Paulo, com 0,825. No município, todos os indicadores encontram-se
acima de 70%, com destaque para o número total de crianças de cinco a seis anos
frequentando a escola, que chegou a 100%.
São Caetano do Sul e Santos vêm logo em seguida, com índices de
0,811 e 0,807, respectivamente. As regiões Sul e Sudeste têm mais de 50% dos
municípios nas faixas de alto e médio desenvolvimento humano relativo a
educação. Ao todo, 23% dos municípios brasileiros estão acima do índice médio
do país no IDHM Educação.
O Distrito Federal é a unidade da federação com o maior IDHM
Educação (0,742). Em seguida estão São Paulo e Santa Catarina, com 0,719 e
0,697, respectivamente.
Assessoria de Imprensa do Inep
Confira o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
2013
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